10 DOS ANIMAIS MAIS MORTAIS DO MUNDO.
PESQUISA E TRANSCRIÇÃ0 ADELAIDE ABREU-DOS-SANTOS
Existem muitos animais mortais no mundo. Mas engana-se quem pensa que
quanto maior o tamanho dos animais, maior também é o perigo deles. Alguns dos
que vamos ver aqui são bem pequenos e aparentemente inofensivos, mas com alto
poder de mortalidade. Milhares de pessoas morrem todos os anos por
ataques de animais, mas é bom lembrar também que muitos animais
morrem por causa de maus tratos dos seres humanos.
Conheça abaixo os 10 animais mais
mortais do mundo!
10 – Água-viva
Eles são animais aquáticos invertebrados de
natação suave e livre que se assemelham a um guarda-sol e/ou com a forma de um
sino gelatinoso, que também tem alguns tentáculos.
A água-viva é um animal marinho, invertebrado
pertencente ao filo dos cnidários. O corpo de uma água-viva adulta é composto
de uma substância gelatinosa em forma de sino que envolve sua estrutura
interna, da qual saem vários tentáculos .
Algumas águas-vivas, quando são perturbadas
durante a noite, são capazes de produzir luz por bioluminescência.
As águas-vivas são constituídas por uma
camada de epiderme, gastroderme e uma espessa camada gelatinosa chamada
mesogleia que separa a epiderme da gastroderme.
Se você nunca foi picado por uma água-viva,
então você tem muita sorte, pois eles têm uma picada dolorosa e algumas podem
até matar.
Os tentáculos de uma água-viva são cobertos
com células que picam, chamadas de cnidócitos. Elas liberam uma substância
urticante capaz de espantar predadores e paralisar suas presas.
Também conhecida como “medusa” ou “vespa do
mar”, a água viva, apesar da aparência curiosa e inofensiva, mata mais de 100
pessoas por ano. Existem mais de mil espécies diferentes de águas-vivas em todo
o mundo, muitas delas encontradas principalmente no litoral brasileiro. Uma das
espécies de água-viva mais perigosa é a água-viva australiana: sua picada pode
até matar! Essa espécie possui um veneno mortal, que já matou muitas pessoas na
Austrália. As outras espécies que não matam, queimam. Em contato com a pele do
ser humano, a água viva injeta toxinas, o que produz a sensação de queimadura.
O grau da queimadura varia dependendo da espécie.
09 –
tubarão
Tubarão ou cação é o nome dado vulgarmente
aos peixes de esqueleto cartilaginoso e um corpo hidrodinâmico(com exceção dos Squatiniformes,
Hexanchiformes e Orectolobiformes) pertencente à superordem Selachimorpha. Os
primeiros tubarões conhecidos viveram há aproximadamente 400 milhões de anos.
Os tubarões se diversificaram em
aproximadamente 375 espécies(no Brasil são conhecidas 88), variando em tamanho
desde o menor, o tubarão-lanterna anão, Etmopterus perryi, uma espécie de no
máximo 21 centímetros de comprimento, ao tubarão-baleia, Rhincodon typus, o
maior, que atinge cerca de 12 metros e que se alimenta por filtragem apenas de plâncton,
lulas e pequenos peixes. Os tubarões são encontrados em todos os mares e são
comuns em profundidades até 2000 metros.
Geralmente não vivem em água doce, com
algumas exceções, como o tubarão-cabeça-chata e o tubarão de água doce, que
podem viver tanto em água salgada como água doce. Respiram através de cinco ou
sete fendas branquiais e possuem uma cobertura de escamas placoides, que
protegem sua pele dos danos e dos parasitas, e melhoram a sua hidrodinâmica,
permitindo que o tubarão se mova mais rápido. Eles também possuem vários
conjuntos de dentes substituíveis.
As espécies mais conhecidas são o tubarão-branco,
o tubarão-tigre, o tubarão-azul, o tubarão-mako e o tubarão-martelo. São superpredadores,
no topo da cadeia alimentar subaquática. No entanto, sua sobrevivência está sob
séria ameaça por causa da pesca e outras atividades humanas.
Existem
mais de 375 espécies de tubarão em todo o mundo. Com grande capacidade de caça,
pouca sensibilidade à dor e olfato aguçado, o tubarão é um animal temido por
muitas pessoas. Embora sua preferência alimentar não seja os seres humanos, mas
peixes, lulas, tartarugas e outros animais marinhos, eles representam sim muito
perigo às pessoas. Isso por que o tubarão age por instinto, e são quase sempre
imprevisíveis.
08 – hipópotamo
O hipopótamo-comum (Hippopotamus amphibius)
ou hipopótamo-do-nilo é um mamífero [[ornivóro] de grande porte da África
subsariana e uma das duas únicas espécies não extintas da família Hippopotamidae,
sendo a outra o hipopótamo-pigmeu (Choeropsis liberiensis ou Hexaprotodon
liberiensis). O seu nome provém do grego antigo, significando "cavalo do
rio" (ἱπποπόταμος). Apesar
das suas semelhanças físicas com os porcos e outros ungulados artiodátilos (sendo
por isso designado de animal porcino), os seus parentes vivos mais próximos são
os cetáceos (baleias, os golfinhos, etc.) dos quais divergiram há cerca de 55
milhões de anos. O antepassado comum das baleias e dos hipopótamos demarcou-se
dos outros artiodátilos há cerca de 60 milhões de anos atrás. O fóssil mais
antigo conhecido de hipopótamo, pertencente ao gênero Kenyapotamus em África,
data de cerca de 16 milhões de anos atrás. Já foi designado como cavalo-marinho
peixe-cavalo.
O hipopótamo-comum é reconhecível pelo seu
enorme torso em forma de barril, bocas com grande capacidade de abertura
revelando grandes presas caninas, corpo quase glabro (sem pelos), patas em
forma de coluna e pelo seu grande tamanho. As patas terminam com quatro dedos
distintos com membrana interdigital. Cada dedo assenta no solo pelo seu
respetivo casco. Constituem o terceiro maior animal de vida terrestre no que
diz respeito ao peso (entre 1½ e 3 toneladas): as únicas espécies em média mais
pesadas são os rinocerontes-brancos e os rinocerontes-indianos, bem como os elefantes.
Tem um comprimento, em média, de 3,5 m e uma altura de 1,5m. O hipopótamo é um
dos maiores quadrúpedes e, apesar do seu aspeto entroncado e patas curtas,
consegue facilmente ultrapassar um ser humano. Há registos de velocidades de 30
km/h atingidas por hipopótamos em curtas distâncias. É um animal altamente
agressivo e de comportamento imprevisível, sendo considerado um dos animais
africanos mais perigosos. Contudo, são uma espécie vulnerável devido à perda
dos seus habitats e devido à caça pela sua carne, dentição canina de marfim e
pela sua pele.
É um animal semiaquático que habita as
margens de rios, lagos e pântanos do género dos mangais, podendo mesmo chegar
às águas salobras dos estuários, onde um macho dominante preside sobre um troço
de rio onde agrupa entre cinco a trinta fêmeas e jovens crias. Durante o dia,
mantêm o corpo fresco ficando na água ou na lama; tanto o acasalamento como o parto
ocorrem na água. Emergem dela ao anoitecer para se apascentarem na erva. Ainda
que se mantenham perto uns dos outros na água, a pastagem é uma atividade
solitária, não tendo hábitos territoriais em terra seca.
O hipopótamo é um dos maiores mamíferos do
mundo. Geralmente encontrados na África, os hipopótamos matam mais pessoas na
África do que qualquer outro animal de grande porte: cerca de 200 pessoas por
ano. Eles têm diferentes razões para um ataque – o macho ataca para defender o
seu território, já a fêmea ataca para defender seus filhotes.
07 – LEÃO
O leão [feminino:leoa] (nome científico: Panthera
leo) é uma espécie de mamífero carnívoro do gênero Panthera e da família Felidae.
A espécie é atualmente encontrada na África subsaariana e na Ásia, com uma
única população remanescente em perigo, no Parque Nacional da Floresta de Gir, Gujarat,
Índia. Foi extinto na África do Norte e no Sudoeste Asiático em tempos
históricos, e até o Pleistoceno Superior, há cerca de 10.000 anos, era o mais
difundido grande mamífero terrestre depois dos humanos, sendo encontrado na
maior parte da África, em muito da Eurásia, da Europa Ocidental à Índia, e na América,
do Yukon ao México. É uma dos quatro grandes felinos, com alguns machos
excedendo 250quilogramas em peso, sendo o segundo maior felino recente depois
do tigre.
A pelagem é unicolor de coloração castanha,
e os machos apresentam uma juba característica. Uma das características mais
marcantes da espécie é a presença de um tufo de pelos pretos na cauda, que
também possui uma espora. Habita preferencialmente as savanas e pastagens
abertas, mas pode ser encontrado em regiões mais arbustivas. É um animal
sociável que vive em grupos que consiste das leoas e suas crias, o macho
dominante e alguns machos jovens que ainda não alcançaram a maturidade sexual.
A dieta consiste principalmente de grandes ungulados e possuem hábitos noturnos
e crepusculares, descansando e dormindo na maior parte do dia. Leões vivem por
volta de 10-14 anos na natureza, enquanto em cativeiro eles podem viver por até
30 anos. Alguns animais desenvolveram o hábito de atacar e devorar humanos,
ficando conhecidos como "devoradores de homens".
A espécie está classificada como
"vulnerável" pela União Internacional para a Conservação da Natureza
e dos Recursos Naturais(IUCN), e sofreu um declínio populacional de 30-50% nas
últimas duas décadas no território africano. Na Ásia, o leão está confinado a
uma única área protegida e sua população é estável, mas está classificado como
"em perigo", já que a população não passa de 350 animais. Entre as
ameaças, a perda de habitat e os conflitos com humanos são as principais razões
de preocupação na sua conservação. Por centenas de anos, o leão tem sido usado como
símbolo de bravura e nobreza em diversas civilizações e culturas da Europa,
Ásia e África. Está amplamente representado em esculturas, pinturas, bandeiras
nacionais, brasões, e em filmes e na literatura contemporâneos.
Esse animal elegante e também perigoso,
mais conhecido como o rei da selva, possui alto instinto de caça, sendo muito
rápido quando precisa de alimento. Os leões geralmente preferem manter
distância dos humanos, mas se estiverem famintos eles atacam – e seus ataques
quase sempre são fatais.
06 –
BÚFALO AFRICANO
O búfalo-africano (Syncerus caffer), também
conhecido como búfalo-cafre, búfalo-do-cabo, búfalo-negro-africano ou ainda
búfalo-da-cafraria, é um mamífero bovino nativo da África. O búfalo-africano é
encontrado normalmente na savana em países por toda a África sub-saariana,
embora geralmente confinado em áreas protegidas. É um herbívoro de grandes
dimensões. A fêmea adulta chega a 1,60 metros de altura e cerca de 500kg a 600kg
de peso. O macho adulto é ainda maior, chegando a cerca de 1,80 metros de
altura (medidas tomadas desde o chão até a altura máxima da espádua) e 900kg de
peso.
O búfalo-africano embora fisicamente semelhante
ao búfalo comum encontrado na pecuária do norte do Brasil, é um animal de maior
porte e selvagem. O búfalo adulto é muito forte, impondo respeito mesmo a um
grupo de leões que possa cruzar o seu caminho. Além do homem, possui como predador
natural o leão, mas mesmo um indivíduo da manada é capaz de se defender usando
a força ou a proteção da própria. Regularmente pelo número de animais na
manada, pela dispersão no terreno e pela falta de defesa de animais idosos, os
leões podem matar e comer um búfalo, mas isto exige que um grupo de leões se
organize e ataque um único animal. É muito raro um leão conseguir ferir com
gravidade ou matar um búfalo adulto atacando-o sozinho. Outros predadores como
as hienas e os leopardos, somente conseguem atacar um búfalo novo e que por
algum motivo encontra-se desprotegido da manada.
Atualmente estima-se que sobrevivem
900.000, sendo a maioria na savana da África oriental. Os motivos para a
diminuição da população dos búfalos-africanos foram a caça predatória, o uso do
seu habitat como campos de agricultura, secas e a introdução no continente
africano de pestes e doenças. Atualmente é considerado um animal fora do risco
de extinção devido a proteção em parques nacionais e reservas privadas nas
regiões da savana africana, entretanto o seu habitat é diminuído em área a cada
ano.
O búfalo-africano ou búfalo-do-cabo, é um
mamífero oriundo da África, sendo um dos animais mais perigosos da região. Por
isso, também tem fama de “morte negra”. O búfalo-africano tem um instinto
impulsivo e altamente agressivo, por isso é bom manter distância! Mas não se
preocupe, essa espécie não existe no Brasil.
05 –
ELEFANTE
Elefante é o termo genérico e popular pelo
qual são denominados os membros da família Elephantidae, um grupo de mamíferos proboscídeos
elefantídeos, de grande porte, do qual há três espécies no mundo atual, duas
africanas (Loxodonta sp.) e uma asiática (Elephas sp.). Há ainda os mamutes(Mammuthus
sp.), hoje extintos. Até recentemente, acreditava-se que havia apenas duas
espécies vivas de elefantes, o elefante-africano e o elefante-asiático, uma
espécie menor. Entretanto, estudos recentes de DNA sugerem que havia, na
verdade, duas espécies de elefante-africano: Loxodonta africana, da savana, e Loxodonta
cyclotis, que vive nas florestas. Os elefantes são os maiores animais
terrestres da actualidade, com a massa entre 4 a 6 toneladas e medindo em média
quatro metros de altura, podem levantar até 10.000 kg. As suas características
mais distintivas são as presas de marfim.
Os elefantes são animais herbívoros,
alimentando-se de ervas, gramíneas, frutas e folhas de árvores. Dado o seu
tamanho, um elefante adulto pode ingerir entre 70 a 150kg de alimentos por dia.
As fêmeas vivem em manadas de 10 a 15 animais, lideradas por uma matriarca,
compostas por várias reprodutoras e crias de variadas idades. O período de
gestação das fêmeas é longo (20 a 22 meses), assim como o desenvolvimento do
animal que leva anos a atingir a idade adulta. Os filhotes podem nascer com 90kg.
Os machos adolescentes tendem a viver em pequenos bandos e os machos adultos
isolados, encontrando-se com as fêmeas apenas no período reprodutivo.
Devido ao seu porte, os elefantes têm poucos
predadores. Exercem uma forte influência sobre as savanas, pois mantêm árvores
e arbustos sob controle, permitindo que pastagens dominem o ambiente. Eles
vivem cerca de 60 anos e morrem quando seus molares caem, impedindo que se
alimentem de plantas.
Os elefantes-africanos são maiores que as
variedades asiáticas e têm orelhas mais desenvolvidas, uma adaptação que
permite libertar calor em condições de altas temperaturas. Outra diferença
importante é a ausência de presas de marfim nas fêmeas dos elefantes asiáticos.
Durante a época de acasalamento, o aumento
da produção de testosterona deixa os elefantes extremamente agressivos,
fazendo-os atacar até humanos. Acidentes com elefantes utilizados em rituais
geralmente são causados por esse motivo. Cerca de 400 humanos são mortos por
elefantes a cada ano.
Tido
como o maior mamífero terrestre do mundo, o elefante muitas vezes é visto como
inofensivo, mas se engana quem pensa que os elefantes são fofinhos como nos
desenhos animados. Esse animal já causou mais de 600 mortes na África.
Geralmente os elefantes atacam quando são vítimas de maus tratos ou quando se
sentem ameaçados.
04 – CROCODILO
Os crocodilos ou Crocodylidae são uma
família de répteis com quatorze espécies. O termo "crocodilo" também
é usado às vezes num sentido mais amplo para se referir à ordem Crocodylia (crocodilianos).
Os crocodilos verdadeiros (família Crocodylidae), os gaviais (família Gavialidae)
e os caimões, os aligátores e jacarés (família Alligatoridae).
Os crocodilos vivem nas Américas, África, Ásia
e Austrália. A maioria dos crocodilos vivem nas margens de rios, enquanto os da
Austrália e ilhas do Pacífico também frequentam o mar. Os crocodilos não
possuem predadores naturais, por se tratar de um animal de topo na cadeia
alimentar.
O maior réptil hoje na face da terra é o crocodilo-de-água-salgada
encontrado no norte da Austrália e ilhas do sudeste da Ásia.
Os crocodilos, depois das aves, são os
parentes mais próximos dos dinossauros atualmente. Tanto dinossauros quanto
crocodilos evoluíram dos tecodontes, assim como as aves podem ter evoluído dos
dinossauros. Estudos da Universidade da Califórnia em Santa Cruz mostram que os
crocodilos são mais próximos filogeneticamente das aves do que de qualquer
outra espécie vivente de réptil, como os lagartos e as cobras, devido a terem o
mesmo ancestral comum, havendo a divergência há 240 milhões de anos atrás. Isso
faz com que os crocodilos sejam mais aparentados com as aves do que com todos
os outros répteis atuais. Surgiram há 248 milhões de anos aproximadamente,
tendo convivido com dinossauros. Apesar de não terem a mesma mobilidade que
seus antepassados, já foram registados crocodilos que podem correr nas margens
de rios a uma velocidade de até 16km/h. São carnívoros e se alimentam,
principalmente, de peixes, aves aquáticas e mamíferos de pequeno e médio porte.
Crocodilos
matam até 2 mil pessoas por ano – sendo um dos animais mais mortais do mundo.
Sua principal arma é sua mandíbula repleta de dentes afiados, prontos para
atacar. Eles podem ser encontrados em vários países, e vivem geralmente em
margens de rios. Outro aspecto perigoso dos crocodilos: eles
adoram carne humana, mais do que qualquer outro animal.
03 -
ESCORPIÃO
O escorpião, também conhecido por lacrau
ou alacrau, é um animal invertebrado artrópode (com patas formadas por
vários segmentos) que pertence à ordem Scorpiones estando enquadrado na classe
dos aracnídeos.
Scorpiones é a ordem de artrópodes
arácnidos terrestres que reúne cerca de 2.000 espécies de escorpiões que
apresentam comprimento de 10cm a 12cm, corpo alongado e quelíceras com três
artículos. São animais geralmente discretos e noturnos, escondendo-se durante o
dia sob troncos e cascas de árvores.
O nome escorpião é derivado do latim scorpio/scorpionis.
Lacrau vem do árabe al-'aqrab.
Existem registros científicos da existência
dos escorpiões há mais de 400 milhões de anos. Segundo pesquisas, foram eles os
primeiros artrópodes a conquistar o ambiente terrestre. Nesta adaptação, lhes
foi muito útil a carapaça de quitina que compõe o seu exoesqueleto e que evita
a evaporação excessiva.
Atualmente já estão catalogadas cerca de
1600 espécies e subespécies distribuídas em 116 gêneros diferentes em todo o
mundo. No Brasil existem cerca de 160 espécies.
Existem escorpiões em todos os continentes,
exceto na Antártida. Encontramos espécies nos Alpes suíços e Europa em geral,
no México, Estados Unidos e Canadá, na América do Sul em geral, entre lixo e
entulhos das pequenas e grandes cidades, na Floresta Amazônica (Brasil), na Oceania,
no norte do Mediterrâneo, no Oriente Médio, na Índia, no norte e sul da África e
Ásia. Suas cores variam do amarelo palha ao negro total, passando por tons
intermediários, como o amarelo-avermelhado, vermelho-amarronzado, marrom e tons
de verde ou mesmo de azul.
Apesar do tamanho, esse animal consegue ser
mais perigoso e fatal do que muitos outros de grande porte: eles causam até
5.000 mortes por ano! Podem ser encontrados em praticamente todos os países,
são noturnos, discretos e adoram ambientes escuros. O veneno do escorpião é
altamente mortal, por isso é preciso tomar cuidado, pois eles podem aparecer em
ambientes domésticos, se escondendo até dentro de sapatos.
02 –
COBRA
Cobra é uma denominação genérica, utilizada
frequentemente na língua portuguesa como sinônimo para serpente.
É também uma denominação comum entre
europeus para designar espécies asiáticas, da subordem Ophidia e do gênero Naja.
O nome é uma abreviação de cobra-de-capelo ou cobra-capelo.
A maior parte das cobras põe ovos e a maior
parte destas os abandona pouco depois da ovoposição. No entanto, algumas
espécies são ovovivíparas e retêm os ovos dentro dos seus corpos até se
encontrarem prestes a eclodir.
Recentemente, foi confirmado que várias
espécies de cobras desenvolvem os seus descendentes completamente dentro de si,
nutrindo-os através de uma placenta e um saco amniótico. A retenção de ovos e
os partos ao vivo são normalmente, mas não exclusivamente, associados a climas
frios, sendo que a retenção dos descendentes dentro da fêmea permite-lhe
controlar as suas temperaturas com maior eficácia do que se estes se
encontrassem no exterior.
Há
muitas espécies de cobras em todo o mundo. Algumas são inofensivas, mas outras
são muito perigosas, como a naja, a cobra coral, a cascavel e a jararaca. Suas
picadas podem causar de leve hemorragia à morte.
CASCAVEL ou cobra cascavel é o nome genérico dado às cobras peçonhentas
dos gêneros Crotalus e Sistrurus. As cascavéis possuem um chocalho
característico na cauda, e estão presentes em todo o continente americano.
Geralmente, refere-se mais especificamente à espécie Crotalus durissus, cuja
área de distribuição se estende do México à Argentina. A cascavel, por razões
não bem entendidas, em vez de sair completamente de sua pele antiga, mantém
parte dela enrolada na cauda em forma de um anel cinzento grosseiro. Com o
correr dos anos, estes pedaços de epiderme ressecados formam os guizos que,
quando o animal vibra a cauda, balançam e causam o ruído característico. Embora
no conceito popular o número de anéis do guizo às vezes é interpretado como
correspondente à idade desta cobra, isto não é correto, pois no máximo poderia
indicar o número de trocas de pele. A finalidade do som produzido pelo guizo é
de advertir a sua presença e espantar os animais de grande porte que lhe
poderiam fazer mal. É uma ótima possibilidade de evitar o confronto. As
cascavéis alimentam-se principalmente de pequenos roedores, mas podem fazer uso
de seu veneno para fazerem outras vítimas, como pequenas aves, coelhos,
lagartos, e, eventualmente, outras serpentes. Apesar de serem vistas durante o
dia, predominam os hábitos crepuscular e noturno.
Seu corpo possui entre 1,5 a 2 metros de
comprimento e a fêmea, na fase adulta, gera entre 18 a 30 filhotes em cada
gestação.
COBRA-CORAL é uma denominação comum a várias serpentes da família Elapidae, da tribo Calliophini, que podem ser subdivididas em dois grupos: corais do Velho Mundo e corais do Novo Mundo. Existem 16 espécies de corais do Velho Mundo, pertencentes aos gêneros Calliophis, Hemibungarus e Sinomicrurus, e mais de 65 espécies de corais do Novo Mundo, incluídas nos gêneros Leptomicrurus, Micruroides, e Micrurus. Estudos genéticos indicam que as linhagens mais basais de corais se encontram na Ásia, indicando que elas se originaram no Velho Mundo. No Brasil, podem ser conhecidas pelos nomes cobra-coral-venenosa, coral-venenosa, coral-verdadeira, ibiboboca, ibiboca e ibioca.
As cobras-corais não dão "bote" e
apresentam hábitos fossoriais, vivendo em sua maior parte escondidas embaixo de
troncos e folhagem. A dentição é do tipo proteróglifa, característica que
certamente as diferem das falsas-corais, que apresentam dentição opistóglifa ou
áglifa. Existe um antigo ditado para distinguir corais-verdadeiras de
corais-falsas: Vermelho com amarelo perto, fique esperto. Vermelho com preto
ligado, pode ficar sossegado. O ditado está incorreto, dado que não existe um
padrão de coloração exclusivo das corais-verdadeiras e muitas falsas-corais
conseguem mimetizar perfeitamente um coral. A única forma de diferenciar os
dois tipos de cobras é pela dentição.
Apresentam uma peçonha de baixo peso
molecular que se espalha pelo organismo da vítima de forma muito rápida. A
coral necessita ficar "grudada" para inocular a peçonha pelas
pequenas presas. A cobra-coral é tão peçonhenta quanto uma naja. A sua peçonha
é neurotóxica, ou seja, atinge o sistema nervoso, causando dormência na área da
picada, problemas respiratórios (sobretudo no diafragma) e caimento das
pálpebras, podendo levar uma pessoa adulta ao óbito em poucas horas. O
tratamento é feito com o soro antielapídico.
As corais são noturnas e vivem sob folhas,
galhos, pedras, buracos ou dentro de troncos em decomposição. Para se defender,
geralmente levantam a sua cauda, enganando o ameaçador com sua forte coloração.
As atividades diurnas estão ligadas às buscas para reprodução e maior
necessidade de aquecimento que as fêmeas grávidas apresentam. Após o
acasalamento, a fêmea põe de 3 a 18 ovos, que em condições propícias abrem após
90 dias aproximadamente. Dada a capacidade de armazenar o esperma do macho, a
fêmea pode realizar várias posturas antes de uma nova cópula.
Os acidentes ocorrem com pessoas que não
tomam as devidas precauções ao transitar pelos locais que possuem serpentes. Ao
se sentir acuada ou ser atacada, a cobra-coral rapidamente contra-ataca, por
isso recomenda-se o uso de botas de borracha cano alto, calça comprida e luvas
de couro, bem como evitar colocar a mão em buracos, fendas, etc. A pessoa
acidentada deve ser levada imediatamente ao médico ou posto de saúde,
procurando-se, se possível, capturar a cobra ainda viva. Deve-se evitar que a
pessoa se locomova ou faça esforços, para que o veneno não se espalhe mais
rápido no corpo. Deve-se também evitar técnicas como abrir a ferida para
retirar o veneno, chupar o sangue, isolar a área atingida, fazer torniquetes,
etc., sendo o soro a melhor opção.
NAJA é um género de serpentes peçonhentas da família Elapidae(cobras). Seu habitat estende-se a toda a África, Sudoeste da Ásia, Sul da Ásia e Sudeste Asiático. Apesar de vários outros gêneros compartilharem o nome comum, a espécie Naja é o grupo mais reconhecido e mais difundido de cobras comumente conhecidos. O género Naja consiste de 20 a 22 espécies, mas sofreu várias revisões taxonômicas nos últimos anos, portanto, as fontes variam muito. Também são conhecidas pelos nomes populares de cobra-capelo, cobra-de-capelo (também escrito cobra de capelo ou cobra capelo). São animais peçonhentos, agressivos e bastante perigosos. Algumas espécies têm a capacidade de elevar grande parte do corpo e/ou de cuspir o veneno para se defender de predadores a distâncias de até dois metros. Outras espécies, como por exemplo a Naja tripudians, dilatam o pescoço quando o animal é enraivecido. A artimanha serve para "aumentar" seu tamanho aparente e assustar um possível predador. Atrás da cabeça, a naja também pode possuir um círculo branco parecido com um olho, também eficaz em amedrontar agressores que a confundam com um animal maior e mais perigoso.
As najas são os animais tipicamente
utilizados pelos célebres encantadores de cobras da Índia; no entanto elas
apenas acompanham os movimentos da flauta, já que cobras não possuem audição.
A JARARACA-DA-MATA(nome científico: Bothrops jararaca) é uma serpente de até 1,6 m, encontrada no Brasil(da Bahia ao Rio Grande do Sul) e em regiões adjacentes no Paraguai e Argentina. Origina -se do tupi yara'raka.
Possui
corpo marrom com manchas triangulares escuras e região ao redor da boca com
escamas de cor ocre uniforme, peculiaridades que propicia uma excelente camuflagem.
Também é conhecida por jararaca-do-campo, jararaca-do-cerrado, jararaca-dormideira,
jararaca-preguiçosa e jararaca-verdadeira. Sua cor é marrom com amarelo escuro
com rajas pretas. Perigosa, prepara o bote ao ver se aproximar qualquer ser. A
cabeça tem uma faixa marrom que segue por trás do olho, dos dois lados da
cabeça, de volta ao ângulo da boca tocando os três últimos supralabiais. A cor
da língua é preta, e sua íris é ouro a ouro esverdeado.
Vive em ambiente preferencialmente úmidos,
como beira de rios e córregos, onde também se encontram rato e sapos, seus
pratos mais caçados. Dorme durante o dia debaixo de folhagens secas e úmidas, e
gosta de tomar sol pós chuva.
01 – MOSQUITO– O animal mais mortal do mundo!
Culicidae é uma família de insetos
habitualmente chamados de muriçoca, mosquitos ou pernilongos. As fêmeas em
muitas regiões são designadas vulgarmente como melgas. Como os outros membros
da ordem Diptera, os mosquitos têm um par de asas e um par de halteres. Em
geral, apresentam dimorfismo sexual acentuado: as fêmeas apresentam antenas
pilosas e são muito mais corpulentas que os machos, que apresentam antenas
plumosas.
As fêmeas na maioria das espécies de
mosquitos sugam sangue (hematófaga) de outros animais, que lhes deu a fama de
ser o mais mortífero vetor de doenças conhecido pelo homem, matando milhões de
pessoas ao longo de milhares de anos e continuam a matar milhões por ano com a
disseminação de doenças.
O comprimento varia, mas raramente é
superior a 16 milímetros, e peso de até 2,5mg. Um mosquito pode voar por 1 a 4
horas continuamente até 1–2km / h viajando até 10km em uma noite. A maioria das
espécies alimenta-se no período com menos luminosidade, do entardecer ao
amanhecer.
Acredite se quiser, mas o animal que mais
mata pessoas no mundo é o mosquito – de 2 a 3 milhões de seres humanos por ano
morrem por causa de doenças resultantes de picada de mosquito. As doenças
transmitidas por eles são muitas, entre elas a dengue e a malária. Apesar
do tamanho, mosquitos são mais mortais que leões, por exemplo. Eles têm o poder
de disseminar doenças com muita facilidade, sendo necessário cuidado dobrado
com esses insetos.
DOENÇAS TRANSMITIDAS PELO
MOSQUITO:
DENGUE Principal transmissor: Aedes aegypti - Sintomas: a
primeira manifestação é febre alta, seguida de dores musculares intensas, dor
atrás dos olhos, manchas vermelhas no corpo, falta de apetite e dor de cabeça.
- Tratamento: na maioria dos casos, a dengue tem cura espontânea depois de 10
dias, mas é preciso procurar um médico ao sentir os primeiros sintomas. É usado
medicamento antitérmico ou analgésico para aliviar os sintomas. O ácido
acetilsalicílico (aspirina, ASS) não é indicado, pois pode estimular
hemorragias. O risco de gravidade e morte é maior quando a pessoa tem alguma
doença crônica, como diabetes e hipertensão. Vômito, desmaio ou dor na região
abdominal é sinal de que o quadro está piorando. Existe
vacina contra a doença, mas só deve ser tomada por pessoas que já foram
expostas ao vírus, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).- -
zika Principal transmissor: Aedes aegypti - Sintomas: a
doença se inicia com manchas vermelhas em todo o corpo, febre baixa, dores pelo
corpo e nas juntas e, em alguns casos, conjuntivite. Após alguns dias, as
manchas vermelhas começam a coçar. Se não for tratada, há o risco de
desenvolver complicações neurológicas, como encefalites e Síndrome de Guillain
Barré. Uma das principais complicações é a microcefalia, que causa malformação
fetal do bebê, no caso de mulheres grávidas. Diferentemente do que é visto em
outras doenças causadas por mosquitos, pode ter transmissão sexual. -
Tratamento: na maioria dos casos, a zika tem cura espontânea depois de 10 dias,
mas é preciso procurar um médico nos primeiros
sintomas. É usado medicamento antitérmico apenas para aliviar os sintomas.
Mulheres grávidas devem procurar atendimento médico aos primeiros sinais.
CHIKUNGUNYA Principal transmissor: Aedes aegypti - Sintomas: a principal
característica da doença é a dor articular, que às vezes pode ser
incapacitante, atingindo principalmente joelhos, cotovelos e tornozelos.
Algumas pessoas podem desenvolver um quadro pós-agudo e crônico com dores nas
juntas que duram meses ou anos. O sintoma inicial é febre, dor de cabeça e
mal-estar. Também aparecem manchas vermelhas ou bolhas pelo corpo. A
transmissão da mulher para o feto pode acontecer quando a mãe fica doente na
última semana de gravidez. Também existe transmissão por transfusão sanguínea.
- Tratamento: assim como dengue e zika, a cura é espontânea após 15 dias. O
paciente deve repousar e beber muito líquido. O tratamento é feito de acordo
com os sintomas, com o uso de analgésicos, antitermicos e anti-inflamatórios
para aliviar febre e dores. Em casos de sequelas mais graves, pode ser
recomendada a fisioterapia.
FEBRE AMARELA Principais transmissores Haemagogus, Sabethes e Aedes aegypti (somente
a versão urbana, que não ocorre desde 1942 no Brasil) - Sintomas: pacientes com
febre amarela costumam apresentar início súbito de febre, calafrios,
prostração, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral,
náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A maioria das pessoas melhora após estes
sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de
horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da
doença, podendo ocasionar icterícia (coloração amarelada da pele e do branco
dos olhos), sangramentos (gengival ou intestinal) e, eventualmente, choque e
insuficiência de múltiplos órgãos, como rins e fígado. Cerca de 20% a 50% das
pessoas que desenvolvem doença grave podem morrer. A febre amarela não é
passada de pessoa a pessoa. - Tratamento: a pessoa deve permanecer em repouso,
com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando necessário.
Medicamentos podem ser usados para aliviar a dor e a febre. O ácido
acetilsalicílico (aspirina, ASS) não é indicado, pois pode estimular
hemorragias. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em UTI (Unidade de
Terapia Intensiva), para reduzir as complicações e o risco de óbito. A vacina é
a principal ferramenta de prevenção e controle da doença.
MALÁRIA Principal transmissor: Anopheles darlingi - Sintomas: febre alta,
calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça, que podem ocorrer de forma
cíclica. Muitas pessoas, antes de apresentarem estas manifestações mais
características, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite. Em casos
graves, o paciente tem fraqueza, alteração da consciência e até hemorragias. A
malária não é contagiosa. - Tratamento: comprimidos que são fornecidos
gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente pacientes
com casos graves deverão ser hospitalizados de imediato. O tratamento indicado
depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante; a idade do
paciente.e condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de
saúde; além da gravidade da doença.
FEBRE OROPOUCHE Principais transmissores: Culicoides paraensis e Culex quinquefasciatus
- Sintomas: o principal inseto que transmite essa doença no ciclo urbano é o
popular borrachudo (ou maruim). A febre oropouche pode ser facilmente
confundida com a dengue, já que os sinais são parecidos —febre, calafrios, dor
de cabeça, dor nas articulações e náuseas. Alguns pacientes sentem fotofobia
(sensibilidade à luz), dor nos olhos e tontura. Em casos graves, se houver
evolução da doença, a complicação mais comum é a meningite viral. - Tratamento:
é prescrito medicamento para alívio dos sintomas. No caso de meningite viral, a
doença é benigna e o tratamento consiste no alívio dos sintomas. como febre, rigidez na nuca, dor de cabeça e vômitos.
ELEFANTÍASE (FILARIOSE
LINFÁTICA) Principal transmissor: Culex quinquefasciatus -
Sintomas: a doença é popularmente conhecida pelo nome elefantíase porque
provoca edemas (acúmulo anormal de líquido) nos membros (pernas e braços),
seios e bolsa escrotal. Depois da picada do mosquito, a larva vai para a
corrente sanguínea, se reproduz e dá origem a vermes adultos, que causam lesões
nos vasos linfáticos e consequentemente inflamação local. - Tratamento: não tem
cura, mas é possível controlar os inchaços com medicamento.