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domingo, 30 de maio de 2021

ADELAIDE ABREU-DOS-SANTOS - OS ESPANHÓIS POR SI MESMOS

 OS ESPANHÓIS PINTADOS POR SI MESMOS

PESQUISADO POR ADELAIDE ABREU-DOS-SANTOS

DESCRIÇÃO: 


          Los españoles pintados por sí mismos (Os espanhóis pintados por si mesmos), produzida em 1843-1844 pelos melhores escritores da época, é parecida com a publicação francesa Les français peint par eux-mêmes (Os franceses pintados por si mesmos) de 1840-1842. Ignacio Boix foi uma figura central no mundo da edição de Madrid em meados do século XIX, e essa obra foi uma das publicações mais importantes da sua editora. A obra reflete as tendências românticas que destacaram a personalidade e as identidades culturais e nacionais na arte. Ela também reflete o renascimento da xilogravura, que na época teve sua técnica evoluída para imitar os efeitos alcançados com lápis e tinta no papel. As gravuras de madeira são dos artistas Francisco Lameyer e Calixto Ortega, em colaboração com Leonard Alenza. Eles caricaturam os costumes e modos de vestir num estilo que sugere a influência de Los Caprichos, de Goya. Em 1837, Ortega foi mencionado na ata da Academia Real de San Fernando como um notável xilógrafo da época. Ele contribuiu com obras significativas para uma variedade de livros importantes, incluindo Los Españoles pintados por sí mismos. Os textos no livro são de grande valor literário. Eles incluem uma introdução e 99 artigos curtos escritos por escritores contemporâneos como Ramón de Mesonero Romanos, cujos artigos são “La patrona de huéspedes” (A governanta dos hóspedes) e “El pretendiente” (O impostor). Ambos são assinados com o pseudônimo “El curioso parlante” (O curioso charlatão).
GUERNICA POR PICASSO

  •                              

                            IGNACIO BOIX BLAY - 1862
                             
         Editor, tipógrafo y librero de Madrid, nacido en Tarragona, hermano mayor de Andrés Boix (colaborador suyo en Madrid, radicado después como editor en México), que en la década del cuarenta del siglo XIX publicó varias obras significativas en los años de institucionalización de la enseñanza de la filosofía en institutos y universidades: Curso de derecho natural o de filosofía del derecho(1841) de H. Ahrens traducido y aumentado por Ruperto Navarro Zamorano, Manual de lógica que contiene lo sustancial que en esta asignatura deben aprender los estudiantes del primer año de filosofía(1842) por el presbítero Juan Díaz de Baeza, la fracasada Enciclopedia española del siglo diez y nueve(1842-1847), Biblioteca de Educación(1842-1845) Lecciones de filosofía ecléctica(1842-1845) de Tomás García Luna, Manual de filosofía moral(1843) de William Paley compendiado por el presbítero Juan Díaz de Baeza (Principios de filosofía moral en la segunda edición de 1846, y en la tercera de 1848 firmada por “A. Boix, hermano y compañía”), Manual de filosofía racional(1845) por Alfredo Adolfo Camus y Andrés Gonzalo Peralvo, Filosofía de las leyes(1846) de Ramón de Campoamor, Historia elemental de la filosofía(1846) de monseñor Bouvier revisada y anotada por Antolín Monescillo, &c. Coetáneo y competidor del editor Francisco de Paula Mellado, el impulsor de la triunfante Enciclopedia moderna, quien tras fracasar en octubre de 1853 El eco de ambos mundos que Boix publicaba en París, lanzó al mes siguiente la famosa Revista española de ambos mundos en Madrid y París.
        «Don Ignacio Boix y Blay, célebre tipógrafo de Madrid establecido en la Calle de las Carretas desde 1838 al 50, caballero de Carlos 3º, de Isabel la Católica y otras distinciones honoríficas, Librero e Impresor de Cámara de S. M. Dª Isabel 2ª a quien dedicó un elegantísimo Devocionario y otras obras. Fue íntimo amigo de Don Joaquín Fagoaga, Director del Banco de España, fundó diferentes periódicos y casa de comercio de libros y otros negocios en París, Londres y la Habana. Nació en Tarragona el   . Falleció en Valencia el 10 de Abril de 1862 a los    años, fundó en Valencia la Imprenta de la Regeneración Tipográfica.» (transcripción de la anotación manuscrita bajo un ejemplar de la litografía que reproducimos, dibujada por Rodríguez y realizada en Madrid por “Lit. de Aragon 1849”, difundido por Dadun, Universidad de Navarra.)
            (…)
          1840 «Bajo el título de los hombres y la sociedad ha publicado en esta corte D. Ignacio Boix una colección de pensamientos políticos, morales y filosóficos que escribió el conocido economista J. B. Say como complemento de su curso completo de economía política práctica. En la rápida ojeada que acabamos de dar al libro aunque no hemos podido dejar de conocer el sello de un talento privilegiado, no nos ha sido posible formar un juicio maduro de la obra. Acaso más adelante nos detengamos en analizarla. Por hoy nos contentamos con recomendarla a nuestros lectores más bien como un libro de la ciencia del Mundo, que como un curso completo de antropología y moral: pues al cabo es producción, de un sabio de gran crédito, cuyas obras han cautivado por muchos años la admiración de los pensadores.» (El Corresponsal, Madrid, miércoles 5 febrero 1840, pág. 4.)(...)

¡FIN O PRINCÍPIO DE


 TODO!

sábado, 28 de janeiro de 2017

10 MISTÉRIOS SOBRE MONUMENTOS HISTÓRICOS

10 MISTÉRIOS SOBRE MONUMENTOS HISTÓRICOS
capa 
Um monumento é uma obra arquitetônica ou escultural destinada a transmitir ou perpetuar para a posteridade a lembrança de um grande acontecimento. Um monumento histórico é o nome dado, em alguns países, a locais/objetos/construções/representações artísticas que possuem importância nacional/histórico/artísticos e/ou arquitetônico.
O título monumento histórico se trata de um estatuto jurídico, para preservá-lo. A idade desses monumentos variam de acordo com o ritmo da história, como por exemplo, temos o Taj Mahal, as pirâmides egípcias, o Cristo Redentor, entre tantos outros. É importante lembrarmos que não temos o intuito de criticar, julgar, muito menos impor verdades absolutas. Nosso objetivo é única e exclusivamente o de informar e entreter.
Por isso, o conteúdo desta matéria se destina áqueles que se interessarem e/ou identificarem. Sendo assim, nós aqui da redação da Fatos Desconhecidos selecionamos uma listinha com 10 mistérios sobre monumentos históricos, para que você possa conhecer um pouquinho mais sobre esses incríveis lugares.
Sobre a foto de capa: de acordo com a lenda, o complexo de pedra inglês, conhecido como Stonehenge, foi construído pelo mago Merlin. De fato, Stonehenge apareceu muito antes do período hipotético do companheiro do Rei Arthur. Mas, como as pessoas transportaram essas rochas incrivelmente pesadas, da pedreira que foi encontrada a centenas de quilômetros de distância? O propósito da construção não é muito claro. Se se tratava de um observatório – a localização dos menolitos é o modelo exato do sistema solar – ou um santuário – usado por druidas -, talvez nunca venhamos a saiber.

1 – ESFINGE DE GIZÉ, EGITO


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Uma imensa estátua, colossal, no meio do deserto. Esse é, talvez, um dos muitos mistérios de todos os tempos. Historiadores acreditavam que as esfinges teriam sido obras dos faraós, mas eles apenas as restauraram. O monumento tem o corpo parecido com o de um leão e é coberto por sulcos. Os quais poderiam ser vestígios do grande dilúvio (bíblico). Outro mistério está na cabeça, seu tamanho claramente contradiz as proporções. Além disso, sabe-se que existem quartos no interior da esfinge. As tentativas de estudá-los resultaram em acidentes ou restrições das autoridades responsáveis. É possível que esse não seja o guardião do deserto, mas provavelmente, ainda existem muitos segredos envolvendo esses monumentos, talvez algo como a Atlântida.

2 – ESTÁTUAS DA ILHA DE PÁSCOA, CHILE


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Uma pequena ilha nas águas do Oceano Pacífico abriga uma série de moais gigantescos. Existem evidências de que eles foram mudados de lugar. Há, também, estandes de rituais que são mais pesados que os próprios ídolos. Infelizmente, as pessoas cujos descendentes poderiam lançar qualquer tipo de luz sobre como essas enormes estátuas foram movidas, morreram há muito tempo por causa dos comerciantes de escravos. Existe apenas um caminho para resolver o mistério da ilha: olhar diretamente para as silenciosas estátuas. Experimentos confirmaram que todas as manipulações foram possíveis, só não se sabe como ainda.

3 – TIMBUKTU, MALI


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Segundo a lenda, a cidade surgiu graças ao velho homem Bucktu e seu poço (“Tim” em Tuareg), que se reuniram calorosamente à caravana. Ele era o personagem principal em histórias medievais: as ruas de ouro, os sábios, etc. Bucktu e um grupo de guerreiros tentaram conquistar o Eldorado Africano, mas não voltaram até que o francês René Caillié fingisse ser um peregrino. Imaginem a surpresa dele quando encontrou uma cidade pobre, cheia de construções feitas de lama. Atualmente, as pessoas aventureiras são cada vez mais atraídas pela arquitetura única das mesquitas.

4 – Angkor Wat, Camboja

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Os europeus não tinham ciência deste complexo até o século 19. Após seu conhecimento, duvidaram que tivesse sido construído pelo povo Khmer. A alvenaria é muito densa, às vezes não é possível sequer encontrar as linhas de junção. As pedras são extremamente lisas. A construção é mantida junta por seu próprio peso. O conjunto de 200 templos foi planejado de tal maneira que, um viajante ao se aproximar só poderia enxergar 3 deles. A vista é especialmente impressionante na estação chuvosa: um largo fosso, cheio de água, faz de Angkor Wat uma ilha no meio de um vasto oceano.

5 – EXÉRCITO DE TERRACOTA, CHINA


Longbow archers stand in front rows of China's great terracotta army.


O mausoléu de Qin Shi Huang mantém mais de 8 mil estátuas de guerreiros e cavalos chineses. Eles foram enterrados junto ao governador, independente da tradição. Esse exército artesanal de 200 a.C. possui tamanho real e os menores detalhes, não existem rostos iguais. Durante as escavações – que começaram na década de 1970 – os cientistas tiveram de trabalhar com extremo cuidado. Uma das razões foi por segurança, por causa de uma antiga lenda, a de que rios de mercúrio acompanhavam o imperador no além.

6 – ESFERAS DE PEDRA, COSTA RICA


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As petrosferas pré-históricas da costa do Pacífico quase foram vítimas de vandalismo – trabalhadores acreditavam que existisse ouro dentro delas. Ainda assim, os artefatos sofreram alterações. Com o objetivo de atrair turistas, elas foram colocadas em praças da cidade. Por causa da grande movimentação, datar exatamente a idade dessas pedras é praticamente impossível. A teoria de que se originaram na água não se mostrou viável. Mas, afinal, o que são: símbolos dos planetas ou sinais de fronteiras? Ainda não existem evidências para essas teorias.

7 – Petra, Jordânia


El Deir or The Monastery at Petra, Jordan


Uma habitação monumental, a 900 metros acima do mar, escondida entre rochas. Seus escultores mostraram notável paciência, transformando pedras na obra-prima de Petra. Assim, no final do desfiladeiro Siq, uma vista magnífica da fachada, com suas colunas e pórticos se abre – Al-Khazneh (o “tesouro”, em árabe). É chamado de templo ou mausoléu. O grande mistério é tentar entender como seus escultores trabalharam. Afinal, ainda não conheciam aparatos como o andaime.

8 – Labirintos de Pedra da Ilha de Bolshoi Zayatsky, Rússia


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As ilhas de Solovetsky são decoradas com um fantástico laço de pedra – os labirintos em forma de espiral. Os habitantes locais os chamavam “Babilônicos”. A entrada e a saída são a mesma. Então, se você seguir os caminhos formados pelos pedregulhos você irá sair exatamente onde entrou. Mas, o que esse labirinto era antes? Alguns historiadores descrevem sobre sua praticidade – por serem usados como armadilhas para peixes. Outros descrevem que fora construído apenas para entretenimento, um espaço para danças e jogos. Já outros estão certos de que esses labirintos se tratavam de estruturas ritualísticas, usados como fronteiras entre o mundo real e o espiritual.

9 – Tikal, Guatemala



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Um dos maiores assentamentos Maia escondido numa selva verde. Nele existem lagos artificiais, campos para jogos com bolas e palácios. Mas a atenção especial é dada às pirâmides, que formam as praças da cidade. Elas foram construídas em um padrão temporário correspondente aos períodos de seu desenvolvimento. Existem várias teorias sobre suas funções: edifícios religiosos, centros de pesquisa, cemitérios, ou todos esses e mais alguns. A etimologia do termo “Tikal” também é desconhecido, mas lhe fora dado um apelido: a Cidade das Vozes. Até um sussurro ecoa oco.

10 – Baalbek, Líbano


10


Um conjunto de ruínas de um templo de estilo antigo, a pérola do que um dia foi uma cidade próspera. A única coisa que os romanos não tinham tecnologia suficiente era para poder instalar esses blocos de pedra que pesam até mil toneladas. Para se ter uma ideia, o Partenon (Grécia) é a metade do tamanho desse gigante libanês, e o maior bloco da Pirâmide de Quéops (Egito) pesa “apenas” 90 toneladas. A criação da fundação desse monumento é atribuída aos egípcios, se não aos gigantes. Algumas pessoas acreditam que essa poderia ser a fundação da Torre de Babel.

FIM

SENTINELAS DO ÁRTICO


Resultado de imagem para monolitos del mundo


Transcrevi esta reportagem da FATOS DESCONHECIDOS, onde não consta o autor, por isso não o cito.
Espero que gostem, pois foi por achar este trabalho relevante que o transcrevi.
Apesar de saber que existem muitos outro enigmas...como a imagem acima

sábado, 25 de junho de 2016

SELEÇÃO DE ADELAIDE ABREU-DOS-SANTOS - ESCOLAS DE SAMBA ASSISTA ESSE SHOW

DESFILE DA MANGUEIRA




DESFILE DO SALGUEIRO




DESFILE DA BEIJA-FLOR




DESFILE DA PORTELA





DESFILE DA SÃO CLEMENTE





DESFILE DA IMPERATRIZ


As Escolas de Samba trabalham um ano inteiro, para levar para a avenida um tema histórico de relevância. Fiéis aos fatos, após uma profunda pesquisa não só de fatos, como de vestuário. É um trabalho impressionante de pesquisa histórica e se reflete numa apresentação teatral na avenida, um espetáculo gratuito digno de ser apreciado com respeito, pelo trabalho sério e anônimo.

domingo, 8 de novembro de 2015

GENGIS KHAN: O GRANDE UNIFICADOR DA MONGÓLIA




Gengis Khan

Gengis Khan

          Gengis Khan

Nascimento: 1162 nas proximidades do rio OnonMongólia
Morte: 18 de agosto de 1227 (65 anos), Local desconhecido.

Gengis Khan, grafado também como Genghis Khan (em mongol Чингис Хаан, transl. Tchinghis Khaan; 1162 — 18 de agosto de 1227) foi um conquistador e imperador mongol, nascido com o nome de Temudjin nas proximidades do rio Onon, perto do lago Baikal.
Gengis Khan nasceu cercado de lendas sobre a vinda de um lobo cinzento que devoraria toda a Terra. Ainda jovem matou o lobo e ficou muito famoso em sua tribo, enfrentou a rejeição de sua família por seu próprio clã, mas voltaria para conquistar sua liderança, vencer seus rivais de clãs distintos e unificar os povos mongóis sob seu comando. Estrategista brilhante, com hábeis arqueiros montados à sua disposição, venceu a grande muralha da China, conquistou aquele país e estendeu o seu império em direção ao oeste e ao sul. Gengis morreria antes de ver seu império alcançar sua extensão máxima, mas todos os líderes mongóis posteriores associariam sua própria glória às conquistas de Gengis Khan, "que foi um dos comandantes militares mais bem sucedidos da história da humanidade". Segundo levantamento feito pela revista Mundo Estranho, ele foi o imperador que mais territórios conquistou na história, dominando quase 20 milhões de km² (o equivalente a 2,3 vezes do território brasileiro).


Juventude

Temudjin nasceu na Mongólia na década de 1160, provavelmente em 1162. Supõe-se que seja descendente de um líder mongol conhecido como Kabul Khan, do clã Bojigin, que por breves anos obteve controle sobre uma Mongólia unificada. Entretanto, na época do nascimento de Temudjin, os mongóis estavam divididos em diversas tribos e clãs, cada uma governada por um khan, ou "Senhor", que impunha-se mais pela força do que pela ascendência nobre. Com Temudjin não seria diferente. Quando tinha nove anos, Temudjin foi ao clã dos Merkitas para escolher uma esposa e refazer a paz entre os clãs (há muito tempo, seu pai havia roubado a esposa do Khan dos Merkitas e se casado com ela, ela era a mãe de Temudjin), mas no caminho, parou para pernoitar num clã aliado, os Onggirat, aonde se apaixonou por Borte. Pediu ao pai para praticar a escolha de esposas ali, porém, ao invés de apenas praticar, escolheu oficialmente Borte como sua noiva. No caminho de volta, seu pai, Yesugei, foi envenenado por membros da tribo dos tártaros. Sem que os filhos de Yesugei tivessem idade para assumir o controle da tribo, esta passou a ser comandada por um novo Khan, Targutai, ex-soldado de Yesugei, que expulsou a família do clã para evitar futura contestação de sua liderança, forçando-os a sobreviver nas estepes, sem gado ou cavalos.
Passou a infância inteira tentando fugir do algoz Targutai e aos 17 anos conseguiu reencontrar Borte, casando-se. 


Ascensão

Mapa mostrando o domínio de Gengis Khan (tracejado em laranja) no século XIII

Como quase todos os mongóis, Temudjin provavelmente tinha sido treinado como arqueiro montado desde muito jovem. A habilidade na montaria, comandada apenas com os joelhos e a destreza no arco e flecha, aliada a uma vida dura nas estepes tornavam os guerreiros mongóis muito temidos e respeitados. Depois de casar-se com Borte, Temudjin seguiu com ela por um caminho incerto pela Mongólia, até que, um dia, os dois foram encontrados por um grupo de merkitas comandados por Chitedu (ex-marido da mãe de Temudjin), que queria a esposa de Temudjin como vingança pela ofensa que seu pai havia feito antigamente. Temudjin reuniu alguns homens e foi até Jamukha pedir ajuda para resgatar Borte.
Ao destruir os merkitas, Temudjin encontrou Borte grávida, fazendo sua primeira paternidade ser duvidosa. Após restabelecer seu clã (formado por seus homens que sobreviveram à guerra e pelo remanescente do povo dos merkitas), Temudjin seguiu como nômade pela Mongólia, porém alguns homens de Jamukha se uniram a ele, ganhando o rancor de Jamukha, que ordenou a seus homens escravizarem e levar Temudjin até a China.
Temudjin foi preso e humilhado pelos Chineses.
Sua esposa Borte conseguiu resgatá-lo e não quis voltar à Mongólia, afirmando que ela estava corrompida e sem leis. Determinado a unificar a Mongólia, Temudjin determinou as leis dos mongóis. Nessa época, a força de Temudjin era conhecida em toda a Mongólia. Temudjin seguiu pregando a unificação da Mongólia nos clãs e muitos khans se uniram a ele, porém, a maioria dos clãs se uniram a Jamukha, que pregava a destruição de Temudjin. Finalmente, a Mongólia estava dividida em duas: o exército de Temudjin e o exército de Jamukha. Os dois exércitos se encontraram para a batalha final na qual Jamukha foi vencido.
Em 1206, uma assembleia entre os chefes de todas as tribos das estepes proclamou Temudjin, então com quarenta e cinco anos, como Gengis Khan, o "cã dos cãs". Criou-se uma hierarquia administrativa e militar e um exército foi treinado e organizado. Para comandar um exército de milhares de homens e diminuir o poder dos antigos khans, Gengis criou uma hierarquia militar baseada na unidade mínima de dez homens comandadas por um deles. Dez unidades de dez homens cada seriam comandadas por um novo líder, que por sua vez faria parte de um grupo de mil sujeitos a um comandante determinado; este, por sua vez, obedecia a um general que tinha sob seu controle dez mil homens. Acima dos generais, apenas Gengis Khan.
Com um exército tão poderoso, Gengis Khan resolveu partir para o sul e invadir as terras do reino de Hsi Hsia, também chamado de Xixia, vassalos do império chinês, que, nessa época, se dividia em duas dinastias: o império Jin, ao norte e o império Song, ao sul. Pela primeira vez, os mongóis tiveram de enfrentar cidades muradas. Sem ainda conhecerem ou dominarem as máquinas de cerco, a capital não pôde ser conquistada. Porém, diante da recusa do império Jin em mandar um exército em auxílio ao reino Xixia, este se submeteu ao poderio militar dos mongóis e lhes pagou um grande tributo que incluiu a filha de seu governante, dada como segunda esposa a Gengis Khan.


Táticas de guerra

CAVALO MANGUDAI

Gengis criou táticas de guerra revolucionárias para as batalhas nas estepes. Seu exército era disciplinado, temido e impiedoso. A arma tradicional dos mongóis era o arco mongol, espécie de arco recurvo composto por madeira, cola e chifres de animais, que possibilitava que com a redução de força relativa ao arco longo, os arqueiros conseguissem atirar com mais agilidade e mais precisão. O tamanho relativamente menor em relação ao arco longo, também possibilitava maior portabilidade em cima da montaria, com isso tornou obrigatório o treinamento dessa arma. Os cavaleiros eram treinados para atirar a flecha com o cavalo em movimento. Um detalhe era que, para maior precisão, a flecha era disparada no momento em que o cavalo estivesse em pleno galope. Esses cavaleiros, os chamados mangudais, eram uma arma poderosa contra a infantaria inimiga, já que juntavam dois princípios: arco e flecha e cavalaria, ou seja, um mangudai poderia ser rápido e preciso para atingir os inimigos mesmo estando longe. O arco mongol era até mais potente que os arcos longos utilizados pelos ingleses e galeses com grande êxito em batalhas contra os franceses durante a Guerra dos Cem anos.

Conquistas

TANGUTE

Em 1207-1208, os mongóis foram forçados a expandir seu território de pastagem devido a algum problema climático nas estepes e conquistaram o reino tangute de Hsi Hsia. Em seguida, atravessaram a muralha contornando-a e chegaram à China, cujo reino estava dividido entre as dinastias Jin, ao norte e Song, ao sul. As vastas plantações de arroz e a riqueza da cidade atraíram mais a atenção de Genghis do que a possibilidade de se tornar senhor da China. Na conquista do reino Jin, Genghis Khan recrutou um jovem chinês chamado Yeh-lu Ch'u-ts'-ai como seu conselheiro pessoal. A sua influência tornou Genghis mais tolerante e menos agressivo em batalha, estimulando-o a evitar esforços exagerados na guerra e conservar as terras cultivadas ao invés de transformá-las em pastagens.
Gengis marchou até Pequim, o mais avançado centro urbano daquela época e, quando viu que a cidade era cercada de muralhas de doze metros de altura, descobriu que suas táticas de guerra em campo aberto, nas estepes, não o ajudariam naquele momento. Desse modo, não teve pressa e acampou seu exército, cercando a cidade e impediu que os suprimentos entrassem em Pequim. Esses suprimentos foram usados para suprir seu exército. Com a ajuda de engenheiros chineses dissidentes, construiu catapultas e outros artefatos bélicos e finalmente invadiu e dominou Pequim.

CATAPULTA MONGOL

Gengis, após o ataque inicial aos Jin, retirou-se para a Mongólia, enquanto seus generais se encarregavam de estabelecer seu domínio na China Jin. Em 1218, um acidente diplomático provocou a ira de Genghis sobre o reino turco de Kharizm, no norte da Pérsia: um mensageiro trouxe-lhe a cabeça de um de seus generais enviado em missão diplomática à Pérsia. O Cã cavalgou à frente de mais de duzentos mil homens e cerca de dez mil máquinas de assédio adquiridas dos chineses. Houve poucas batalhas campais e os mongóis empreenderam guerras de cerco às cidades fortificadas da Pérsia, que capturaram uma a uma. Algumas, como Bucara e Samarcanda se tornariam, no futuro, espelhos longínquos da presença mongol no sudoeste da Ásia. A velha cidade de Nichapur foi arrasada e nem mesmo os animais ali sobreviveram ao ataque mongol. O exército de Genghis matou mais de um milhão de persas.
As perdas humanas em Khwarizm contavam-se aos milhares. Genghis e seus generais impunham punições brutais aos inimigos. A proximidade da Pérsia com a Europa gerou a fama de selvageria dos mongóis que assombraria o continente pelas décadas seguintes.
Em 1227, enquanto os generais de Gengis conquistavam territórios no sul da Rússia e na Ucrânia, o Grande Cã foi forçado a retornar para as estepes para conter uma revolta de Hsi Hsia, que havia recusado a convocação para a campanha contra Khwarizm. Após vencer os tangutes, Gengis Khan morreu acometido por uma febre alta e dores na cabeça.



Legado de Gengis Khan


Antes da morte de Gengis Khan, este estabeleceu seu filho, Ogedei, como seu sucessor. Ogedei encarregou-se de expandir o território mongol ao máximo, da Síria à Indochina, da Pérsia à Sibéria, da Hungria à China. Posteriormente, o grande império seria dividido em 4 partes, entre filhos e netos de Genghis, porém nenhum destes novos reinos, ou canatos, teria uma existência longa.
No início do século XIV, Timur, o Coxo, alegando ser descendente de Gengis Khan, se tornaria o Cã de um breve império mongol que abarcaria toda a Mesopotâmia, a Pérsia, o Afeganistão, o Paquistão e o norte da Índia. Ainda nesse século, os tártaros ressurgiriam, inspirados pelas conquistas de Genghis, para tomar o território do dissolvido Canato da Horda Dourada, na Rússia. Vários outros levantes mongóis de menor importância tomariam lugar nos séculos seguintes, mas o meio de vida nômade e a incapacidade de estabelecer uma indústria armamentista logo tornaria os hábeis cavaleiros montados obsoletos frente às novas artilharias dos países que ali faziam fronteiras.
Na Mongólia atual, Gengis Khan é considerado o herói máximo e o pai daquela nação, cujo culto à imagem jamais se deixou apagar, mesmo durante o regime comunista. O aeroporto da capital do país foi renomeado para Aeroporto Internacional Gengis-Khan, em homenagem ao imperador.
Contam as lendas que todos os envolvidos no enterro de Gengis Khan foram mortos para manter em segredo o local onde ele foi enterrado. E esse local realmente jamais foi encontrado.


Descendência

Um estudo realizado em 2002 concluiu que 8% da população da região anteriormente ocupada pelo Império Mongol, uma área entre o oceano Pacífico e o Mar Cáspio (o que corresponde a 0,5% da população mundial) podem ser descendentes de Gengis Khan. Um outro estudo de 2007 afirma que 34,8% dos atuais mongóis são descendentes de Gengis Khan.