segunda-feira, 1 de novembro de 2021

ADELAIDE ABREU-DOS-SANTOS - CARLOS VEREZA: BELO POSICIONAMENTO E PROFUNDO CONHECIMENTO

APLAUDO CARLOS VEREZA DE PÉ E DESABAFO...


                 Como ator conheço-o a minha vida toda. Excelente, discreto e sem pompa, pois quem é, é!!! E não precisa fazer alarde.

Minha irmã fez um comentário no Facebook, sobre o jogador Maurício de Souza e postou o vídeo.

Venho me solidarizar com a isenção e classe de Carlos Vereza, uma pessoa culta e imparcial, como deveríamos ser todos, que avaliou a importância de responder não só a seu filho como também procurou sacudir a torpeza e o visgo da ignorância, que nos tolhe a cada dia mais. Sabemos que tudo isso é fruto da ignorância, infelizmente igual à hera, ela cada dia mais estende suas gavinhas e nos sufoca.

Isso tudo ocorre num país que Oswaldo Molles já havia alertado, na década de sessenta, com sua crônica “Deus é Brasileiro”, mas que a grande maioria não conhece, porque não lê. E por que é que não lê? Porque como venho dizendo há muito tempo, mas não sou uma voz que se destaca, apenas que se exalta e decepciona, digo que este nosso lindo país, cada dia mais devastado, não só na natureza, mas também na intelectualidade, vive a síndrome do Pinóquio. Finge-se que se ensina e a ignorância campeia a toda a força, pois quase ninguém aprende a ler, a pensar então, o que é isso? E lá vamos nós barranco abaixo, rumo ao fosso da ignorância, para Oswaldo Molles era um povinho “micho” e agora? Um povo de intelectualidade devastada, a exemplo da Amazônia!

Pobre povo que não tem direito ao conhecimento, inclusão nem maquiagem é... Então, o que seria? Um povo que apenas sabe silabar, se tanto?... Calcular nem pensar, apesar de ser a ação mais comum, pois o dinheiro é nosso mote, mas mesmo assim têm dificuldade para somar e muitas vezes são lesados pela esperteza dos outros, mas pior que tudo o que foi mencionado é que não sabem raciocinar, portanto não sabem decodificar as mensagens ou entender o que se espera deles, ou o que devem esperar dos demais, sentem-se desamparados e pobres coitados, querem que tudo lhes seja dado, pois não conhecem seus direitos, muito menos os seus deveres. Dever de participar, de opinar, de contribuir com a melhora de suas vidas e oportunidades, bem como de contribuir para o crescimento da nação, não a deixando na mão dos vorazes tubarões de colarinho e gravata...

Tenho dito! Coibir os tubarões vorazes do oceano político, que pululam cada vez mais aumentando essa fauna deprimente e degradante, que asfixia o ar da intelectualidade, De Gaulle já dizia que “o Brasil não era um país sério”, como sê-lo se o oportunismo e a ganância é que o comandam em cada um de seus núcleos... Oque fazer???

A única solução é uma educação séria que englobe o conhecimento de mãos dadas com o raciocínio e a idoneidade. Será que é possível?! Sinto-me como os navegadores de antanho, que imaginavam que na linha do horizonte havia um vão, por onde desapareciam as embarcações, com suas tripulações.

Agora usamos um outro vão, “Vão para o diabo que os carregue”, pois só o meu é importante... Quanto umbigo mesquinho.



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