1.
LONTRA MARINHA
A lontra-marinha é um mamífero carnívoro
marinho da família Mustelidae, nativo das regiões costeiras do norte e do leste
do Oceano Pacífico. As lontras-marinhas adultas
pesam tipicamente entre 14 e 45kg, tornando-os nos mais pesados dos membros da
família, e entre os pequenos mamíferos marinhos. De modo distinto da maioria
dos mamíferos marinhos, a forma primária de isolamento da lontra-marinha é um
casaco de pele grossa, a mais densa no reino animal. Embora possa andar sobre a
terra, esta lontra vive principalmente no oceano, este "casaco",
retém minúsculas bolhas de ar, que lhe permitem flutuar com tanta eficácia.
A lontra-marinha habita ambientes que têm
grande profundidade marinha. Alimenta-se principalmente de invertebrados
marinhos como ouriços,
moluscos
e crustáceos
diversos, e algumas espécies de peixes. Seus hábitos alimentares são notáveis em vários
aspetos. Primeiro, o uso de rochas para abrir conchas torna uma das poucas
espécies de mamíferos que usam essas ferramentas. Na maior parte de seu
território, é uma espécie que controla populações de ouriço-do-mar, que em
grande quantidade prejudica as populações de algas. Sua dieta inclui peixes que
são valorizados por humanos como alimento, levando a conflitos entre as
lontras-marinhas e pescadores.
A lontra-marinha, cuja população foi estimada
de 150.000 até 300.000 indivíduos, foi caçada extensivamente para retirada de
sua pele, entre 1741
e 1911,
e com isso sua população caiu para no máximo dois mil. A proibição subsequente
internacional sobre a caça, os esforços de conservação, e programas de
reintrodução em áreas anteriormente povoadas contribuíram para recuperação, e
as espécies ocupam agora cerca de dois terços de sua escala anterior. A
recuperação da lontra-marinha é considerada um sucesso importante na
conservação marinha, embora as populações das ilhas Aleutas
e da Califórnia
recentemente tenham declinado. Por estas razões (bem como a sua particular
vulnerabilidade a derrames de petróleo), a lontra-marinha continua a ser
classificada como uma espécie em perigo.
Observe estas lontras, nestas duas fotos
dentro d’água, estão tentando quebrar a casca da concha para poder comer o
molusco, perceba que a debaixo, está com uma pedra na barriga, que é onde vai
abrir a concha, fala sério... É genial!!!
2
– LONTRA NEOTROPICAL
A lontra-neotropical (nome científico: Lontra longicaudis), também
conhecida como lontra-de-rio-sul-americana, lobinho-de-rio ou nutria, é uma
espécie de mamífero da família Mustelidae.
Ocorre na América Central e América do
Sul, do noroeste do México
até o Uruguai.
Habita em rios, lagos e lagoas em vários ecossistemas, como pantanais,
florestas tropicais e cerrados. A lontra-neotropical prefere viver em águas claras,
onde se alimenta principalmente de crustáceos
e de peixes.
Esta lontra possui tanto hábitos noturnos quanto diurnos. Está localizada na classe
mais alta da cadeia alimentar como um animal importante para
todo o ecossistema aquático, sendo, portanto, um
indicador de boa qualidade biológica para o ambiente. As lontras são cativantes
e atrativas, sendo utilizadas como formas de sensibilização do público tanto
para a conservação da espécie como para a importância
das áreas úmidas em geral.
Fatores impactantes são frequentes na vida
das lontras neotropicais, provenientes principalmente de ações humanas. As
populações são afetadas pelo desmatamento,
agricultura,
caça,
pesca,
construção de hidroelétricas, como também pelo uso intensivo
da navegação. Desde os anos de 1960 e 1970, essas
atividades foram consideradas problemáticas, destacando-se a caça como a pior ameaça,
pois desde aquela época a pele das lontras possuía um alto valor comercial. Em
relação à pesca, quando consideradas prejudiciais à atividade, as lontras
sofrem perseguição, levando a uma maior observação à conservação da espécie. A poluição
proveniente das usinas hidroelétricas e agricultura atinge os rios e lagos,
afetando tanto diretamente como indiretamente a população das lontras
neotropicais.
Às margens dos corpos d'água
são locais em que realizam várias atividades como a limpeza de pelo, criação de
filhotes, descanso e marcação territorial. Por esse motivo, a poluição da água
e a retirada da mata ciliar são entendidas como ameaças à
população das lontras. Além disso, outros fatores como atropelamento acidental
e construção de barragens causam frequentemente a morte desses animais.
.
As lontras-neotropicais pertencem ao reino
Animalia e ao filo Chordata. Sua classe inclui-se aos Mamíferos, integra-se à
ordem Carnívora, representados pela família Mustelidae. Pode ser chamada pelo
nome científico Lontra longicaudis, com sinônimo de Lutra longicaudis. Possui
alguns nomes comuns traduzidos do inglês como lontra de la plata,
lontra-de-cauda-comprida, lontra de rio neotropical, lontra de rio da américa do
sul. Alguns nomes em espanhol são gato de água, lobito del plata, nutria de água
e perro de água.
A taxonomia do gênero Lontra é um assunto que
foi bastante discutido. Dentre os assuntos de taxonomia da lontra foram
identificadas variações morfológicas entres os animais do Novo e do Velho
Mundo. Além disso, houve a separação em dois gêneros (Lontra e Lutra),
resgatando para o Novo Mundo a espécie de gênero Lontra Grey que pertencia ao
gênero Lutra. Desse modo, foi possível aplicar o nome Lontra longicaudis às
lontras neotropicais. Após utilizar o citocromo b mitocondrial para deduzir as
relações filogenéticas da subfamília Lutrinae, foi possível concluir que a
Lontra e a Lutra formam dois grupos monofiléticos, comprovando assim a
separação dos dois gêneros.
3
– LONTRA -EUROPEIA
A lontra-europeia (Lutra lutra), também
conhecida como lontra-euroasiática, lontra-comum ou lontra-do-velho-mundo, é
uma espécie
de lontra
da família dos mustelídeos.
Juntamente com outras duas espécies, a Lutra maculicollis e a Lutra
sumatrana, formam o género Lutra.
A lontra tem uma pelagem espessa e brilhante.
A cor do pêlo é variável, contudo, apresentam um padrão geral definido:
geralmente, o pêlo é castanho-escuro na parte superior, tornando-se
progressivamente mais claro nas regiões inferiores. Possuem, por vezes, uma
mancha clara na garganta (creme ou mesmo branca), por baixo do queixo ou lábio
inferior, de dimensão e forma variáveis, que permite o reconhecimento
individual. Esta pelagem, é constituída por duas camadas de pêlos: a interna,
impermeável, constituída por uma densa camada de pêlos (de 10–15 mm), que
captura pequenas bolhas de ar, isolantes, e permanece seca enquanto o animal
mergulha, e uma camada externa, também impermeável, cuja eficácia é comprovada
pelo facto de não existirem diferenças de peso apreciáveis entre indivíduos
secos e indivíduos molhados.
A lontra possui um corpo alongado, fusiforme
e muito flexível, que lhe confere grande hidrodinamia. O pescoço é curto,
embora largo e a cabeça é achatada, provida de pequenas orelhas. Os olhos são
pequenos e estão deslocados para a parte superior da cabeça, não apresentando
uma posição lateral como em muitos mustelídeos. A localização das orelhas,
nariz e olhos, na parte superior da cabeça, permite que os mesmos se mantenham
fora de água quando a lontra nada à superfície. A linha superior do rhinarium (nariz),
preta e sem pêlos, forma um ‘W’. No focinho encontram-se longos pêlos
sensoriais (de aproximadamente 25 cm), as vibrissas, que parecem ter uma função
na detecção de presas dentro de água. A cauda, cujo comprimento é um pouco
maior que metade do comprimento total do corpo e da cabeça, é ligeiramente
achatada horizontalmente, larga e forte na base e mais pontiaguda na
extremidade, que funciona como leme quando o indivíduo está a nadar. As patas
possuem palmas e cinco dedos muito separados, entre os quais existe uma forte membrana interdigital. As garras são
pequenas e não retrácteis.
Inferiormente em relação à base da cauda,
existem duas glândulas anais, cuja função exata não é, ainda, bem conhecida,
mas que se julga estar relacionada com a marcação olfativa.
O ritmo cardíaco da lontra é alterado quando
mergulha, aumentando a eficácia da predação subaquática. A curvatura do
cristalino possui capacidade de ser ajustada, permitindo, desta forma, a
visualização de imagens focadas, tanto dentro como fora de água. Quando o
animal mergulha, os ouvidos e fossas nasais encontram-se hermeticamente
encerrados, uma vez que são valvulares.
Associada a zonas húmidas, podemos encontrar a lontra em águas
continentais (como rios, ribeiras, pauis, lagos e albufeiras), em estuários, e, também, em alguns pontos do litoral marinho. Vales
remotos e sossegados, praias desertas rodeadas por costas rochosas escarpadas
ou, ainda, lagoas de altitude são locais de potencial ocorrência da lontra.
Estes animais constroem as tocas e abrigos nas
margens, apresentando uma abertura subaquática e uma de ventilação. Muitas
vezes, aproveitam tocas abandonadas por outros animais ou troncos e sistemas
radiculares de grandes árvores, criando um sistema de “galerias”, com várias
entradas, uma subaquática e outras com abertura para o solo.
No litoral marinho, utilizam a vegetação, que
envolve os pequenos cursos de água que desaguam na praia,
e as falésias, como locais de abrigo e até mesmo de criação.
ESPERO QUE TENHAM GOSTADO VOLTAREI...
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