RIO TEJO
Origem: Wikipédia, E OUTRAS FONTES
PLANISFÉRIO
PENÍNSULA IBÉRICO
O rio Tejo é um curso de água localizado na Península Ibérica (Portugal
e Espanha). Ele nasce na região central do território espanhol(serra de
Albarracín) e deságua no Oceano Atlântico(litoral da cidade portuguesa de
Oeiras, próxima a Lisboa).
O rio Tejo(em castelhano Tajo, aragonês Tacho)
é o rio mais extenso da Península Ibérica. A sua bacia hidrográfica é a
terceira mais extensa na Península, atrás do rio Douro e do rio Ebro. Nasce na Espanha
- onde é conhecido como Tajo - a 1.593m de altitude na serra de Albarracim, e
após um percurso de cerca de 1.007km, deságua no oceano Atlântico formando um
estuário em Lisboa. A sua bacia hidrográfica é de 80.600km² (55.750km² na
Espanha e 24.850km² em Portugal), sendo a segunda mais importante da Península
Ibérica depois da do rio Ebro.
CURSO DO RIO TEJO
Nas suas margens ficam localidades
espanholas como Toledo, Aranjuez e Talavera de la Reina, e portuguesas como Abrantes,
Santarém, Salvaterra de Magos, Vila Franca de Xira, Alverca do Ribatejo, Forte
da Casa, Póvoa de Santa Iria, Sacavém, Alcochete, Montijo, Moita, Barreiro, Seixal,
Almada e Lisboa.
TOLEDO NASCENTE DO RIO TAJO
ARANJUEZ E O RIO TAJO
ARANJUEZ E O RIO TAJO
RIO TEJO EM PORTUGAL
ABRANTES
ABRANTES
ALCÂNTARA
SANTARÉM
SALVA
TERRA DOS MAGOS
VILA FRANCA DE XIRA
ALVERCA
DO RIBATEJO
CASTELO DE ARMOUROL
O TEJO A JUSANTE
DAS PORTAS DE RÓDÃO(PORTUGAL).
LISBOA
Do estuário do Tejo partiram as naus e as caravelas
dos descobrimentos portugueses. A onda que assolou Portugal no dia do terramoto
de 1.755 subiu o rio e inundou Lisboa e outras localidades na margem.
Em Lisboa, o estuário do Tejo é atravessado
por duas pontes. A mais antiga é a Ponte 25 de Abril (inaugurada em 1.966,
então Ponte Salazar), uma das maiores pontes suspensas da Europa, e que liga a
capital de Portugal a Almada. A outra é a Ponte Vasco da Gama, de cerca de 17km
de comprimento. Foi inaugurada em 1.998 e liga Lisboa(Sacavém) a Alcochete, Moita
e Montijo. O local mais largo deste rio chama-se Mar da Palha, um lago, e fica
entre Lisboa, Vila Franca de Xira e Benavente.
Junto a Vila Franca de Xira existe ainda a Ponte
Marechal Carmona que liga as duas margens. Era a ponte mais próxima de Lisboa que
ligava as duas margens do rio. Após a abertura da Ponte 25 de Abril, mais de
metade do tráfego da Ponte Marechal Carmona caiu.
Existe à entrada da barra do estuário do
Tejo uma fortaleza(o Forte de São Julião da Barra).
Todos os anos no porto de Lisboa, atracam
centenas de paquetes de luxo, principalmente na doca de Alcântara. No seu estuário
existe uma reserva ecológica(Reserva Natural do Estuário do Tejo, com sede em Alcochete)
onde nidificam várias espécies de aves. Devido à grande poluição do rio
deixaram de existir golfinhos de forma permanente, mas nos últimos anos durante
o Verão têm aparecido exemplares, que após uma boa pescaria retornam ao mar.
QUEM DEU O NOME AO RIO? SUPÕE-SE QUE:
Tago
era o nome de um rei ibero que foi cruelmente assassinado por Asdrúbal, segundo
Sílio Itálico. Tago era um rei de grande beleza e coragem. Foi morto e pregado
a uma cruz para que o seu povo o pudesse ver.
LOA A TAGO
"A Tago de antiga estirpe, de grande
beleza
E famoso por corajosos feitos, pregou-o ele
em alto poste,
E, esquecido dos deuses e dos homens, em
triunfo passeou
Pelos povos contristados o corpo de seu rei
em exéquias
A Tago que recebera o nome de aurífera
fonte.
Ululando o choram pelas margens e cavernas
as ninfas ibéricas.
Não quererá ele jamais para si as águas da
Meónia,
nem os pantanos da Lídia ou a planície que
pelo ouro fluido é banhado
e que enlouquece pelas areias do Hermo para
ali trazidas.
Ele era o primeiro a atacar e o último a
deixar o combate,
quando do alto da cela largava as rédeas ao
veloz corcel."
LENDA
Quando da conquista de Lisboa Osberno comentou
que "É este um rio que desce da região de Toledo, e em cujas margens se
encontra ouro, quando no princípio da Primavera as águas se recolhem no leito.
Segundo as lendas D. Afonso Henriques pagou
a tença ao papa com o ouro retirado do rio Tejo. Dom Dinis mandou fazer o seu ceptro
com o ouro das areias do Tejo e Dom João III mandou igualmente fazer outro
ceptro com o seu ouro.
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DOCA DE ALCÂNTARA
ESTUÁRIO DO RIO TEJO |
A PONTE VASCO DA GAMA ATRAVESSA O RIO TEJO, ESCASSOS QUILÓMETROS DA FOZ, O QUE FAZ COM QUE 10KM DA SUA TOTAL EXTENSÃO SEJAM
SOBRE O RIO.
CURSO
O rio Tejo nasce a 1.593m de altitude, no
local conhecido como Fuente de García, no município espanhol de Frías de
Albarracín, na província de Teruel. A sua fonte situa-se entre San Juan
(1.830m) e o cerro de San Felipe (1.839m), na Serra de Albarracín, que pertence
aos Montes Universales, na parte ocidental do Sistema Ibérico.
Esta formação montanhosa alberga um dos nós
hidrográficos mais importantes da Península Ibérica, ao separar a vertente
atlântica da mediterrânea. O rio Júcar, que deságua no Mar Mediterrâneo, tem
origem a poucos quilómetros da sua fonte, assim como o Guadalaviar, que dá
lugar posteriormente ao Turia.
O RIO COBRE UM DESNÍVEL DE 453m NOS DEZ
PRIMEIROS QUILÓMETROS (ENTRE A FONTE EM FUENTE DE GARCÍA E A FOZ DO SEU
PRIMEIRO GRANDE AFLUENTE, O RIO DA HOZ SECA).
No seu percurso inicial, o rio salta um
forte desnível, lavrando materiais originados entre o Ordovícico e o Quaternário,
entre os quais predominam os calcários, as dolomitas, as margas e os arenitos.
PONTE DE FUENTIDUEÑA DE TAJO(MADRID), DO SÉCULO XIX, SOBRE O TEJO.
CURSO ALTO
O rio corre, num primeiro momento, na
direcção sul-noroeste, marcando a linha divisória entre Aragão e Castilla-La
Mancha, através das províncias de Teruel e Cuenca, respectivamente. Entra
depois em Guadalajara e, a uns dez quilómetros da sua fonte, recebe como
afluente direito o rio da Hoz Seca, que é o seu primeiro grande afluente, que
até tem um caudal maior que o próprio Tejo. O Hoz Seca, que recolhe as águas
das serras de Orihuela del Tremedal(Teruel), nos Montes Universales, tributa no
município de Peralejos de las Truchas(Guadalajara). Aqui o Tejo já desce a uma
altitude de 1.140m, depois de vencer pronunciadas pendentes e formar diferentes
gargantas, encravadas em áreas fortemente despovoadas.
O TEJO, ANTES DE ATRAVESSAR A PONTE DE
ALCÂNTARA(TOLEDO).
O seu caudal volta a aumentar depois com as
contribuições dos rios Cabrillas, Gallo, Bullones e Arandilla, que provêm do Sistema
Ibérico. De todos eles, o mais destacado é o Gallo, que conflui no Tejo a uma
altitude aproximada de 900m.
Em toda esta zona, o rio atravessa locais
de alto valor ecológico, que se encontram protegidos pela sua inclusão no Parque
Natural do Alto Tejo, constituído em 2.000. Este espaço integra uma flora
característica dos pisos bioclimáticos supra e oromediterrâneos. Os pinhais de Pinus
sylvestris, pinheiro-larício e pinheiro-bravo, as azinheiras, os juniperus e os
carvalhos-portugueses são os elementos de flora principais. Perto de Zaorejas,
o Tejo gira bruscamente e toma o rumo oeste. Deixa à sua direita a aldeia de Ocentejo,
onde volta a mudar de sentido, desta vez para sudoeste. Segue para Valtablado
del Río e Trillo, cuja central nuclear utiliza a água do rio como sistema de
refrigeração, através do pântano de La Ermita. Nesta altura, junta-se-lhe o rio
Cifuentes e, mais adiante, o Ablanquejo.
O TEJO EM TOLEDO.
Antes de abandonar a província de
Guadalajara, o Tejo é retido em cinco grandes barragens. As mais importantes
são as de Entrepeñas, nas zonas de Sacedón e Auñón, e a de Buendía, cujas
maiores contribuições provêm do rio Guadiela, o último dos grandes afluentes
que procedem do Sistema Ibérico. Neste ponto, o rio desceu já para uma cota
ligeiramente superior aos 600 m.
Mais à frente volta a ter barragens: a barragem
de Bolarque, situada em Almonacid de Zorita e Pastrana, e a de Zorita, em cujas
margens foi construída a central nuclear do mesmo nome, que foi fechada em 2006.
No município de Zorita de los Canes, rodeia os restos arqueológicos da cidade visigótica
de Recópolis.
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O Tejo deixa Guadalajara formando um nova
albufeira, a de Estremera, que toma o nome da aldeia madrilena de Estremera. VISTA DO PARQUE DAS NAÇÕES, EM LISBOA
Evolução do caudal na cabeceira do rio (entre o nascentE e a barragem
de Buendía), segundo dados da Confederação Hidrográfica do Tejo.
Volumes cedidos anualmente pelo Transvase Tejo-Segura, entre os anos
hidrológicos 1979/80 e 2000/01, segundo dados da Confederação Hidrográfica do
Tejo (espanhola).
CURSO MÉDIO-ALTO
O Tejo entra na Comunidade de Madrid através
do seu extremo sudoeste, pela comarca histórica da Cuesta de las Encomiendas.
Passa em Fuentidueña de Tajo, onde se localiza o Remanso de la Tejera - a uma
altitude de cerca de 500m -, e de Villamanrique de Tajo.
Depois de ser retido por nova barragem, a
de Valdajos, entra no município de Aranjuez, a primeira localidade de
importância que banha, onde passa ao lado do Palácio Real.
Nesta povoação forma a albufeira do
Embocador, feita no século XVI e remodelada no século XVIII para garantir o
abastecimento de água à agricultura circundante. O seu curso é regulado
mediante uma série de canais artificiais, utilizados como sistemas de rega e
ornamentação dos Jardins de Aranjuez.
Dentro deste município, recebe pela direita
o rio Jarama, o primeiro dos afluentes procedentes do Sistema Central e um dos
mais importantes de todo o seu curso.
Esta corrente fluvial traz-lhe, além do seu
caudal natural, as águas residuais vertidas pelas diferentes povoações
integradas na área metropolitana de Madrid, destacando-se a própria capital e
as cidades do chamado Corredor del Henares. Estas chegam ao rio Jarama - e, por
extensão, ao Tejo - através do Manzanares e do Henares, respectivamente.
Em Aranjuez também tem como tributário o rio
Algodor, que chega pela margem esquerda, desde os Montes de Toledo. A altitude
neste troço é inferior aos 500m.
Continua com rumo sudoeste marcando a
fronteira entre Madrid e Toledo, para entrar definitivamente nesta última.
Depois de passar no município de Añover de Tajo, chega a Toledo, a única
capital de província espanhola por onde passa, a qual rodeia com meandros.
Atravessa em Toledo as pontes monumentais de Alcántara e de San Martín.
À saída de Toledo, gira para oeste e
recolhe pela esquerda o arroio Guajaraz, perto de Guadamur, e pela direita o rio
Guadarrama, junto a Albarreal de Tajo, a uma altitude de cerca de 450m. Antes
de chegar a La Puebla de Montalbán, é detido pela barragem de Castrejón.
Em El Carpio de Tajo, inclina levemente
para noroeste, direcção que mantém ao passar perto de Malpica de Tajo.
Encaminha-se para Talavera de la Reina e, no local conhecido como Las Vegas de
San Antonio, junta-se-lhe pela direita o rio Alberche, que nasce na Sierra de
Gredos.
Além do Jarama, Algodor, Guadarrama e Alberche,
o Tejo vê incrementado o caudal com outros afluentes mais pequenos, como o Gévalo,
o Cedena, o Sangrera e o Pusa.
A partir de Talavera de la Reina, o rio
toma o rumo sudoeste. Forma a albufeira de Azután, situada no município de Azután,
onde volta a mudar de sentido, desta vez para oeste.
O rio sai da província de Toledo por Alcolea
de Tajo e El Puente del Arzobispo, onde é atravessado por uma ponte monumental
de oito arcos, construída em estilo gótico. Neste ponto, o Tejo desceu uma
altura de 320m.
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VISTA PANORÂMICA DA BARRAGEM DE TORREJÓN(CÁCERES, ESPANHA), FORMADO PELO TEJO, EM PLENO PARQUE NACIONAL DE MONFRAGÜE.
CURSO MÉDIO-BAIXO
O Tejo entra na Estremadura pela província
de Cáceres, onde forma depois a albufeira de Valdecañas, uma das de maior
superfície da sua bacia, com 7.300hectares.
O lago, junto de Valdecañas de Tajo banha
parte da comarca de Los Ibores, que se situa na margem do rio Ibor, afluente do
Tejo (margem esquerda), ao qual tributa através da citada albufeira, perto de Mesas
de Ibor e de Bohonal de Ibor.
Atravessa depois a A-5 (Auto-estrada da
Estremadura) e passa junto de Almaraz. Aqui a água é utilizada como sistema de
refrigeração da central nuclear homónima, por meio da albufeira de
Arrocampo-Almaraz, construída para tal efeitos.
Volta a ser detido pela barragem de
Torrejón, que fica no Parque Nacional de Monfragüe. Este espaço natural
protegido, que ocupa uma área de 17.852hectares, integra três ecossistemas
principais: o bosque mediterrâneo, os rochedos e as zonas húmidas, sendo estas
últimas localizadas em redor do rio.
A barragem de Torrejón também inunda parte
do curso baixo e a foz do Tiétar, dando lugar a um pântano adicional que, para
se diferenciar do principal, é conhecido como Torrejón-Tiétar. Este rio procede
da Sierra de Gredos e conflui pela direita no Tejo, perto de Villarreal de San
Carlos, a uma altitude inferior aos 200m.
A partir desta localidade, o Tejo
inclina-se para sudoeste, mas volta a redireccionar-se para oeste enquanto
forma a albufeira da barragem de Alcántara, uma das obras de infraestrutura
hidráulica mais importantes da bacia.
Pela margem direita deste lago desagua o Alagón,
à altura da localidade de Alcántara, que chega ao Tejo vindo da Sierra de
Herreros, perto de Béjar(Salamanca), com as águas dos rios Arrago e Jerte, dois
dos principais afluentes. Pela ribeira esquerda do lago, reporta o Almonte, que
nasce na Sierra de Guadalupe. Neste ponto, o rio se encontra a uma altitude
ligeiramente superior aos 100 m.
Na confluência do Alagón com o Tejo, fica a
cidade de Alcántara, que dá nome à ponte romana do município. Situada ao pé da
barragem é considerada como uma das obras de engenharia de caminhos mais
relevantes da arte romana. Consta de seis arcos e tem 194m de comprimento, 8 de
largura e 61 de altura máxima.
Passada Alcántara, junta-se-lhe o rio Salor.
O Tejo marca depois a fronteira entre Espanha e Portugal, num troço
caracterizado pela ausência de núcleos urbanos relevantes, com a excepção de Herrera
de Alcántara e Cedillo, muito próximo da fronteira. Esta última localidade dá
nome à barragem de Cedillo, que o rio forma antes de deixar definitivamente
Espanha.
Na zona fronteiriça, encontra-se com dois
novos afluentes, o Erges, que chega da Sierra de Gata, e o Sever, procedente da
Serra de São Mamede, situada em Portugal. Quando o Tejo entra em Portugal, já
tem um cota abaixo dos 100m.VILA VELHA DE RÓDANO
Vila Velha de Ródão é a primeira localidade
importante que o rio encontra em Portugal. Passadas as Portas de Ródão, o Tejo
inclina-se para sudoeste e, seguindo esta direcção, encontra a barragem de
Fratel, cuja albufeira, parcialmente, segue paralela à Linha da Beira Baixa e à
auto-estrada A23. Recebe pela direita o rio Ocreza.
A caminho de Belver, é retido na barragem
de Belver, ao largo da qual volta a fluir para oeste. Entra no concelho de Abrantes,
através da freguesia de Alvega. Em Abrantes forma um meandro em volta da colina
sobre a qual se situa esta cidade. Aqui junta-se-lhe o rio Torto na margem esquerda.
Dirigindo-se para Constância, onde se lhe
junta pela margem direita o Zêzere, que nasce na Serra da Estrela, a formação
montanhosa mais ocidental do Sistema Central. Este rio é o principal afluente
do Tejo no curso baixo, e apresenta numerosas barragens, e constitui um dos
sistemas de retenção mais importantes de toda a bacia hidrográfica.
Vila Nova da Barquinha é o próximo destino.
Aqui bordeja o castelo medieval de Almourol, um dos monumentos mais relevantes
junto ao rio, e toma outra vez rumo sudoeste, desta vez até à foz.
Passa perto da Chamusca, depois Santarém, um
das cidades mais povoadas no percurso. Próximo da foz, a largura aumenta pouco
a pouco e forma diferentes ilhas sedimentares, entre as quais se destacam pela
dimensão aquelas ao sul de Vila Franca de Xira e de Alhandra, que precedem o
estuário.
FOZ DO RIO TEJO EM PORTUGAL
FOZ
Deságua no oceano Atlântico, formando o
chamado mar da Palha, o mais importante da Península Ibérica, tanto pelas
dimensões como pela relevância sócio--demográfica. Na parte norte, este espaço
está protegido legalmente mediante a Reserva Natural do Estuário do Tejo,
criada em 1916, com uma área de 14 560 hectares.
Aqui se integram zonas húmidas, lodos, salinas,
ilhotas e terrenos agrícolas que, a cada inverno, dão abrigo a cerca de 80.000
aves. A vila de Alcochete, situada na margem esquerda do estuário, pode ser
considerada como a principal localidade de referência deste espaço protegido.
O rio prossegue até Lisboa, sob a ponte
Vasco da Gama, considerada uma das mais compridas da Europa. Tem 17,2km de
comprimento, 10 dos quais sobre o leito do rio. Liga desde 1.998 as cidades de Montijo
e Sacavém, integradas na área metropolitana de Lisboa.
Passada a ponte, surge logo à direita Lisboa.
Conforme se aproxima da capital portuguesa, a largura do estuário vai pouco a
pouco reduzindo-se. Num dos pontos mais estreitos foi construído a Ponte 25 de
Abril, que também tem grande interesse arquitectónico e estrutural. Foi
inaugurada em 1.966 e tem um comprimento de quase 2km, ligando Lisboa e Almada.
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MOSTEIRO DOS JERÓNIMOS, FOTO MINHA
O rio bordeja a parte oriental e meridional
de Lisboa, onde se encontram diversos monumentos, erigidos praticamente na
margem, como a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos, ambos de estilo
manuelino, declarados Património da Humanidade. No seu final, já na fronteira
com o mar, encontra-se uma pequena ilha com o Forte de São Lourenço e Farol do
Bugio.
FORTE DE SÃO LOURENÇO E FAROL DO BUGIO
REGIME HIDROLÓGICO
O regime hidrológico do Tejo é determinado
por variações pluvionivais (dependentes de chuva ou neve) próprias da região
central da Península Ibérica, especialmente no que se refere às formações
montanhosas aí integradas. Os maiores níveis de caudal produzem-se de Janeiro a
Abril, com o máximo absoluto em Março - quando tem lugar o degelo -, enquanto
os menores dão-se entre Julho e Outubro, com mínimo em Setembro.
Este regime foi alterado na segunda metade
do século XX como consequência da construção de diferentes obras de engenharia,
dirigidas à regulação da bacia para cinco usos principais:
Abastecimento de água potável;
Regadio;
Desvio para outra bacia, a do Segura;
Produção de energia eléctrica (em Espanha o
rio tem 14 barragens);
Refrigeração de centrais nucleares
espanholas de Trillo(Guadalajara) e Almaraz(Cáceres), além de centrais térmicas
de Aceca(Toledo), em Espanha, e de Pego (Abrantes), em Portugal. A central
nuclear José Cabrera ou de Zorita(Guadalajara, Espanha), fechada em 2006,
também se refrigerava com as suas águas.
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