Solstício
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Iluminação da Terra
pelo Sol durante o solstício do hemisfério norte.
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Iluminação da Terra
pelo Sol durante o solstício do hemisfério sul.
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Na astronomia, solstício (do latim sol + sistere,
que não se mexe) é o momento em que o Sol, durante seu movimento aparente na esfera
celeste, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir
da linha do equador. Os solstícios ocorrem duas vezes por ano: em
dezembro e em junho. O dia e hora exatos variam de um ano para outro. Quando
ocorre no verão significa que a duração do dia é a mais longa do ano.
Analogamente, quando ocorre no inverno, significa que a duração da noite é a
mais longa do ano.
No hemisfério
norte o solstício de verão ocorre por volta do dia 21 de junho e
o solstício de inverno por volta do dia 21 de dezembro. Estas datas
marcam o início das respectivas estações do ano neste hemisfério. Já no hemisfério
sul, o fenômeno é simétrico: o solstício de verão ocorre em dezembro e o
solstício de inverno ocorre em junho. Os momentos exatos dos solstícios, que
também marcam as mudanças de estação, são obtidos por cálculos de astronomia
(consulte a tabela abaixo para os valores de alguns anos).
A insolação
terrestre durante o 1º e o 2º semestre do ano de 2013.
Data e hora UTC dos solstícios e equinócios
Entre 2002 e 2020
|
||||||||
Ano
|
Equinócio
Março |
Solstício
Junho |
Equinócio
Setembro |
Solstício
Dezembro |
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Dia
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Hora
|
Dia
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Hora
|
Dia
|
Hora
|
Dia
|
Hora
|
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2002
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20
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19:16
|
21
|
13:24
|
23
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04:55
|
22
|
01:14
|
2003
|
21
|
01:00
|
21
|
19:10
|
23
|
10:47
|
22
|
07:04
|
2004
|
20
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06:49
|
21
|
00:57
|
22
|
16:30
|
21
|
12:42
|
2005
|
20
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12:33
|
21
|
06:46
|
22
|
22:23
|
21
|
18:35
|
2006
|
20
|
18:26
|
21
|
12:26
|
23
|
04:03
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22
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00:22
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2007
|
21
|
00:07
|
21
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18:06
|
23
|
09:51
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22
|
06:08
|
2008
|
20
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05:48
|
20
|
23:59
|
22
|
15:44
|
21
|
12:04
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2009
|
20
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11:44
|
21
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05:45
|
22
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21:18
|
21
|
17:47
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2010
|
20
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17:32
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21
|
11:28
|
23
|
03:09
|
21
|
23:38
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2011
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20
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23:21
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21
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17:16
|
23
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09:04
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22
|
05:30
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2012
|
20
|
05:14
|
20
|
23:09
|
22
|
14:49
|
21
|
11:11
|
2013
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20
|
11:02
|
21
|
05:04
|
22
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20:44
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21
|
17:11
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2014
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20
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16:57
|
21
|
10:51
|
23
|
02:29
|
21
|
23:03
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2015
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20
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22:45
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21
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16:38
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23
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08:21
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22
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04:48
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2016
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20
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04:30
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20
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22:34
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22
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14:21
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21
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10:44
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2017
|
20
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10:29
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21
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04:24
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22
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20:02
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21
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16:28
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2018
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20
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16:15
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21
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10:07
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23
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01:54
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21
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22:23
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2019
|
20
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21:58
|
21
|
15:54
|
23
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07:50
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22
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04:19
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2020
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20
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03:50
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20
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21:44
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22
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13:31
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21
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10:02
|
Devido
à órbita elíptica da Terra, as datas nas quais ocorrem os solstícios
não dividem o ano em um número igual de dias. Isto ocorre porque quando a Terra
está mais próxima do Sol (periélio) viaja mais velozmente do que quando está
mais longe (afélio), em conformidade com a segunda lei de Kepler.
Os
trópicos de Câncer e Capricórnio são definidos em função dos solstícios. No
solstício de verão do hemisfério sul, os raios solares incidem
perpendicularmente à superfície da Terra no Trópico de Capricórnio. No
solstício de verão do hemisfério norte, ocorre o mesmo fenômeno no Trópico
de Câncer.
Referências
culturais
Em
várias culturas ancestrais à volta do globo, o solstício de inverno era
festejado com comemorações que deram origem a vários costumes hoje relacionados
com o Natal das religiões pagãs. O solstício de inverno, o menor dia
do ano, a partir de quando a duração do dia começa a crescer, simbolizava o
início da vitória da luz sobre a escuridão.
Festas das mitologias persa e hindu
referenciavam as divindades de Mitra como um símbolo do "Sol
Vencedor", marcada pelo solstício de inverno. A cultura do Império
Romano incorporou a comemoração dessa divindade através do Sol
Invictus. Com o enfraquecimento das religiões pagãs, a data em que se
comemoravam as festas do "Sol Vencedor" passaram a referenciar o
Natal, numa apropriação destinada a incorporar as festividades de inúmeras
comunidades recém-convertidas ao cristianismo.
Espetáculo do solstício de verão em machu pichu
Espetáculo do solstício de verão em cusco
Espetáculo do solstício de verão em machu pichu
Espetáculo do solstício de verão em cusco
Espetáculo do solstício de verão em cusco huaynos
Espetáculo do solstício de verão stonehenge
Espetáculo do solstício de verão em celtas
Propriedades
Na linha
do equador a duração dos dias é fixa ao longo das estações do ano com 12
horas de luz e 12 horas de noite (ver cálculo da duração do dia para
latitude de 0°). Desse modo os solstícios nessa linha não podem ser obtidos
através de dias ou noites mais longas e somente podem ser observados através do
dia em que o Sol atinge a menor elevação no meio-dia local, podendo o azimute dessa
elevação do Sol estar orientado para o norte (solstício de verão no hemisfério
norte) ou para o sul (solstício de verão no hemisfério sul). Na linha do
equador não há como dizer se um solstício é de verão ou de inverno uma vez que
demarcam a separação dos hemisférios norte e sul da Terra.
Nas
linhas dos trópicos de Câncer e Capricórnio, os solstícios de
verão respectivos a cada hemisfério da Terra coincidem com o único dia do ano
em que os raios solares incidem perpendicularmente (ver ilustração).
Nas
linhas dos círculos polares Ártico e Antártico, os solstícios
marcam o único dia do ano em que o dia ou a noite duram 24 horas ininterruptas
considerando a estação do ano: verão ou inverno, respectivamente (ver
ilustração).
música solstício de verão
Albedo
Fração
de luz solar refletida em relação as condições variáveis de superfície.
Fração
de luz solar refletida em relação as condições variáveis de superfície.
Albedo é
uma medida relativa da quantidade de luz refletida, o que ocorre sobre
superfícies de maneira direta ou difusa. É portanto uma medida da
refletividade da superfície de um corpo. A palavra deriva do latim albedus (="esbranquiçado"),
a partir de albus (="branco").
video Albedo
|
Albedo
anual médio de 2003-2004 - céu limpo e céu completo (com nuvens)
Albedo
pode ser definido como a razão entre a irradiância electromagnética refletida
(de forma direta ou difusa) e a quantidade incidente. É uma medida adimensional,
isto é, sem unidades. A razão costuma ser apresentada por percentagem e
é um importante parâmetro radiométrico utilizado tanto em ciências
atmosféricas, climatologia, sensoriamento remoto (deteção
remota) e em astronomia. A proporção refletido/incidente depende da frequência da
radiação considerada e assim podemos falar em albedo monocromático e
pancromático (através de uma faixa do espectro eletromagnético). Se não estiver
especificada, refere-se a uma média ao longo de uma banda espectral.
Se a
superfície for suficientemente lisa, o albedo dependerá também do ângulo de
incidência da radiação.
Exemplos:
o albedo visível da superfície da neve recente é alto, em torno de
0.90 (90%), enquanto que o albedo da superfície oceânica é pequeno,
da ordem de 0.10 (ou 10%).
A Terra tem
um índice médio (pancromático) de 37% a 39% enquanto que a Lua tem
cerca de 12%. Em Astronomia, o albedo dos satélites e asteroides pode
ser utilizado para inferir acerca da composição da superfície, especialmente
sobre a quantidade de gelo.
O
albedo pode variar de 0 (escuro) a 1 (brilhante), quando não expresso em
percentagem.
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Relação com a
absorvidade
A
energia incidente (I) se divide em parte refletida (R) (i.e., uma função do
albedo), parte absorvida (A) e parte transmitida (T), de forma que se escreve:
I=R+A+T, para expressar a conservação de energia.
Irradiância
Irradiância
é definida como a densidade de fluxo radiativo, em unidades de potencia por
unidade de área. É propriamente o fluxo de radiação.
Albedo espectral
Definido
pela razão da irradiância refletida pela irradiância incidente para um
determinado comprimento de onda espectral.
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