ALGUNS SERES VIVOS QUE PODEMOS NÃO CONHECER
POR ADELAIDE ABREU DOS SANTOS.
No planeta Terra, existe uma imensa Fauna
e Flora imensamente variada e com qualidades únicas que os tornam muito
especiais, para aqueles que não têm a ventura de viajar se virem desenhos ou
fotos pensarão que são bichos estranhos e que provavelmente não existem, por
isso, são pouco conhecidos e para modificar esse ponto de vista, vou
apresentar-lhes alguns espécimes, que para nós são raros ou exóticos e que para
os povos dos países onde existem são normais.
O que não conhecemos e que nos
assusta, vamos considerar exóticos, ou aberrações, ou ainda perigosos, até aqui
existem animais que nunca vimos, pois não conhecemos a região onde vivem, os Zoológicos,
ajudam-nos um pouco, pois conseguiram trazer algumas espécies raras para nós e
que se não fosse a nossa ida ao zoológico, jamais os veríamos, ou então só os
veríamos pela televisão ou pela internet, no computador, caso você seja curioso
como eu.
Vou selecionar alguns que acho bem
diferentes, outros por parecerem fofinhos e vamos dar uma olhada neles e
conhecer seu meio. Combinado?
ENTÃO VAMOS LÁ!!!
1 - SLOW LORIS OU LORIS LENTO PIGMEU
O LORIS LENTO PIGMEU (Nycticebus pygmaeus) é uma espécie de loris
lento encontrados a leste do Rio Mekong no Vietnã, Laos, leste Camboja e China.
Ela ocorre em uma variedade de habitats florestais, incluindo florestas
tropicais secas, semi-perenes e florestas verdes. O animal é noturno e arborícola,
rastejando ao longo dos ramos usando movimentos lentos em busca de presas. Ao
contrário de outros primatas, não salta. Vive em pequenos grupos geralmente com
um ou dois filhos. Um adulto pode crescer até cerca de 19 a 23cm (7,5 a 9,1
polegadas) de comprimento e tem uma cauda muito curta. Ele pesa cerca de 450g
(1,0lb). Sua dieta consiste de frutas, pequenos insetos, a seiva da árvore, e o
néctar floral. O animal tem uma mordida tóxica, que fica na sua boca por lamber
uma secreção tóxica de glândulas no interior dos seus cotovelos. Os dentes na
sua mandíbula inferior forma uma estrutura de tipo pente chamado um toothcomb que é utilizado para raspar resina
de casca de árvore.
Os pigmeus companheiros loris lentos uma vez a cada 12-18 meses
têm um ou dois filhos após uma média, período de gestação de seis meses. Nos
primeiros dias, os jovens loris se
agarram à barriga de sua mãe. Após seis meses, o bebê vai ser desmamado, as
fêmeas atingem a maturidade sexual com 16 meses, enquanto o macho atinge a
maturidade com cerca de 18 meses. O loris
lento pigmeu é sazonalmente
fértil durante os meses de Julho e Agosto. Sinais químicos desempenham um papel
no comportamento reprodutivo dos pigmeus feminino lóris lentos.Marcações de urina perfume têm um forte odor
característico e são usados para comunicação informações sobre as relações
sociais.
O habitat do loris lento pigmeu no Vietnã foi bastante reduzido devido à extensa
queima, além de desfolhadores de florestas durante a Guerra do Vietnã. A caça
extensiva por medicamentos tradicionais está colocando forte pressão sobre as
populações cambojanas. O loris lento
pigmeu está seriamente ameaçado pela caça, o comércio e a destruição do
habitat; consequentemente, ela está listada no Apêndice II da Convenção sobre
Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens(CITES),
e em 2006 a União Internacional para a Conservação da Natureza(IUCN)
classificou-o como "Vulnerável".
A posse do Slow Loris como animal de
estimação é ilegal em todo o mundo. Além disso, a complicada tarefa
de separar a mãe do seu filhote termina com a morte do progenitor. Alguns
traficantes de animais puxam os seus dentes com pinças ou alicates para
torná-los apropriados para o convívio com crianças e evitar o envenenamento.
É uma espécie ameaçada de extinção
e o seu principal predador é o ser humano. Além do desmatamento do seu habitat,
o comércio ilegal é o principal problema desse pequeno mamífero. Tomamos todos
os tipos de medidas para evitar a venda, porém, mesmo após serem incluídos no
acordo CITES, e estar presentes na lista vermelha da IUCN, infelizmente podemos
encontrar ofertas destes pequenos mamíferos na Internet e em becos e lojas na
Ásia.
2 - O GAFANHOTO COR-DE-ROSA
Os gafanhotos, acridianos, acrídios, ticuras
ou tucuras são os insetos pertencentes à subordem Caelifera da ordem Orthoptera,
caracterizados por terem o fêmur das pernas posteriores muito grandes e fortes,
o que lhes permite deslocarem-se aos saltos. Algumas espécies formam enormes
enxames que podem devastar grandes plantações.
Os
gafanhotos comem preferencialmente gramíneas, folhas e cereais, mas muitos gafanhotos são onívoros. A grande maioria dos gafanhotos são polífagos. Muitos alimentam-se a partir de várias plantas
hospedeiras durante um dia, enquanto outros preferem alimentar-se na mesma
planta hospedeira. Apenas uma das 8000 espécies de gafanhoto é monófaga,
alimentando-se de duas espécies de plantas.
Os gafanhotos comem preferencialmente gramíneas,
folhas e cereais, mas muitos gafanhotos são onívoros. A
grande maioria dos gafanhotos são polífagos.
Muitos alimentam-se a partir de várias plantas hospedeiras durante um dia,
enquanto outros preferem alimentar-se na mesma planta hospedeira. Apenas uma
das 8000 espécies de gafanhoto é monófaga, alimentando-se de duas espécies de plantas.
2013 - Pesquisadores de Nova Orleans descobrem que cor verde do inseto está ligada exclusivamente à evolução da espécie. O primeiro gafanhoto cor-de-rosa foi encontrado na natureza em 1887. Desde então, especialistas e estudiosos relacionavam a cor inusitada a uma anomalia genética denominada "erythrism", bastante similar ao albinismo. De acordo com relatórios e pesquisas, em um grupo de 500 gafanhotos, apenas um teria chances de nascer cor-de-rosa.
Porém, pesquisadores do Audubon Nature Institute, localizado em Nova Orleans, nos Estados Unidos, descobriram que a coloração está exclusivamente ligada à evolução da espécie. Em um artigo publicado na Scientific American, responsáveis pela pesquisa afirmaram que, em um mundo sem predadores, os gafanhotos não seriam apenas cor-de-rosa, mas também laranja, amarelo ou qualquer outra cor vibrante.
"É muito mais difícil um gafanhoto verde ser encontrado por um predador. Assim, o número de gafanhotos verdes aumentou ao longo dos anos, enquanto o grupo colorido foi diminuindo", explica o relatório.
Observe a cor desse gafanhoto em relação à
flor, e observe os gafanhotos acima. Antigamente eles só tinham cores terrosas
ou verdes, mas hoje estão surgindo com a cor rosa, como a da flor.
3 - CENTOPEIA OU LACRAIA GIGANTE DA
AMAZÔNIA
Scolopendridae(da língua grega para o latim
σκολόπενδρα, skolopendra) é uma família biológica de animais quilópodes,
família está com uma numerosa quantidade de gêneros.
São animais peçonhentos pertencentes à classe Chilopoda
com cerca de 3.15 espécies reconhecidas,
enquanto Scolopendromorpha inclui cerca de
700 espécies, pertencentes a 34 gêneros, e cinco famílias. Algumas chegam a ter quase 50 centímetros de
comprimento e estão presentes em todos os continentes. São chamadas de
centopeias assim como o piolho-de-cobra, porém são espécies distintas já que os
piolhos-de-cobra pertencem à classe Diplopoda.
É um mito popular que elas transmitem
doenças. Ao contrário, na Coreia e toda a Indochina, lacraias secas ao sol são
consumidos como remédio. Pesquisas com espécies utilizadas na medicina
tradicional chinesa identificaram a presença de alcaloide
"scolopendrina" e pesquisas com um peptídeo isolado de sua peçonha
revelaram um potente efeito analgésico.
A lacraia ou centopeia, assim como outros invertebrados
serviam de alimento também para os nativos do Novo Mundo. Indígenas de Pernambuco
do século XVII retiravam as vísceras das centopeias e as devoravam.
4 - CAULOPHRYNE JORDANI
Fanfins ou tamboril peludo são uma família, Caulophrynidae,
de tamboril. Eles são encontrados em águas
profundas e sem luz dos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico.
Como em outros peixes de tamboril, os machos têm um
décimo do tamanho das fêmeas e, após os
estágios de vida livre de larvas e adolescentes,
passam o resto de suas vidas parasiticamente ligados a uma fêmea. O fanfin tem
um corpo pequeno e esférico com longas protuberâncias.
5 - LESMA DO MAR AZUL
Glaucus atlanticus é uma espécie de lesmas-do-mar
pelágicas pertencente ao grupo dos moluscos nudibrânquios da família Glaucidae,
sendo a única espécie conhecida do gênero Glaucus. A espécie está estreitamente
aparentada com Glaucilla marginata, outro membro da família Glaucidae.
Estes nudibrânquios medem normalmente
3 a 4cm
de comprimento, mas alguns espécimes podem
atingir os 7cm. Apresenta uma coloração azul-prateada na face dorsal e azul pálido na face ventral. O pé é raiado por faixas
longitudinais azul escuras ou
negras.
O corpo é tronco-cónico, aplainado,
com seis apêndices que se ramificam em raios afilados. A rádula tem
dentes que se assemelham a minúsculas espadas.
Este nudibrânquio é pelágico, com
distribuição cosmopolita ocorrendo nas águas temperadas e tropicais de todos os
oceanos. Entre as regiões onde esta lesma-do-mar ocorre incluem-se as costas leste
e sul da África do Sul, as águas europeias, a costa leste da Austrália, as
costas de Moçambique e dos Açores. A espécie flutua de boca para baixo, mantida
nessa posição pela tensão superficial das águas do oceano.
G.atlanticus depreda organismos pelágicos
de maiores dimensões, entre os quais cnidários como a caravela(Physalia
physalis), Velella velella e Porpita porpita e moluscos pelágicos como Janthina
janthina. Conhecem-se casos em que exibe comportamento canibal, predando
exemplares da própria espécie.
G. atlanticus é capaz de se alimentar de P.
physalis porque exibe imunidade ao veneno dos nematocistos daquela espécie,
consumindo a caravela inteira selecionando e armazenado as toxinas e os nematocistos
para seu próprio uso. O veneno é recolhido em sacos especializados localizados
nas pontas dos seus apêndices (os "dedos" das suas extremidades).
Dado que Glaucus armazena o veneno, pode produzir um efeito ainda mais potente
e mortal do que o resultante directamente da toxina da caravela.
Com a ajuda de um saco cheio de gás no seu estômago,
G. atlanticu flutua perto da superfície. A combinação dos efeitos resultantes
da posição do saco e da tensão superficial da água fazem com que se mantenha em
posição invertida: a superfície dorsal é na realidade o pé. A sua coloração
azulada serve de camuflagem.
Glaucus atlanticus, como a maioria das lesmas-do-mar,
é uma espécie hermafrodita apresentando tanto órgãos sexuais masculinos como femininos.
Ao contrário dos demais nudibrânquios, o acasalamento não ocorre pela parte
direita, mas pela ventral.. Após a cópula produz cadeias de ovos.
6 –NUDIBRÂNQUIO PTERAEOLIDIA IANTHINA.
Pteraeolidia ianthina (Angas, 1864) é uma espécie
de gastrópode nudibrânquio, a marinho da família Facelinidae de lesmas-do-mar. A
espécie tem a sua área de distribuição natural repartida por diversos habitats costeiros
e pelos recifes de coral do sudoeste do Pacífico, desde o Hawaii às Filipinas,
ao nordeste da Austrália e à Nova Zelândia.
Pteraeolidia ianthina é uma das mais comuns
e conhecidas espécies de eolídio (Aeolidida) do Pacífico tropical, frequentemende
designado pelo nome comum de dragão-azul("blue dragon") na costa
leste da Austrália, pela sua coloração dominante e semelhança com um dragão
chinês. É um dos nudibrânquios mais comuns nas águas costeiras da costa leste
australiana e na Grande Barreira de Coral, vivendo na zona eufótica até aos 30m
de profundidade.
O animal tem um corpo elongado, com cerca
de 7cm de comprimento, recobertos por múltiplos grupos de longos espinhos (cerata)
implantados ao longo do comprimento do corpo. A extremidade dos cerata contêm nematocistos
que podem infligir picadas dolorosas em humanos. Os grossos rinóforos e os
longos tentáculos cefálicos apresentam pelo menos duas vistosas bandas de
coloração azul escuro. Os espécimes jovens são muito mais curtos, têm menos
cerata, e são frequentemente confundidos com outras espécies de nudibrânquios.
O corpo é translucente, com coloração que
varia de azul a acastanhado, mas são os cerata, cuja cor varia de púpura escuro
a gastanho dourado, que dão a estes nudibrânquios a sua coloração distinta.
Ocorrem morfos com diferentes colorações, não sendo incomuns os espécimes de
cor verde. Parte da variabilidade observada na coloração corporal deve-se à
presença de zooxantelas, organismos fotossintéticos que vivem como endossimbiontes
nos tecidos do animal.
As zooxantelas (entre as quais predominam
os diniflagelados do gênero Symbiodinium), continuam a sua actividade
fotossintética no interior do corpo translúcido da lesma-do-mar, aparecendo
como pigmentos acastanhados ou esverdeados na pele do animal. As zooxantelas, e
também os nematocistos, parecem resultar da ingestão de celenterados que já os
conteriam nos seus tecidos. As zooxantelas instalam-se em vacúolos que se
formam na célula hospedeira a partir da sua endoderme.
VISTA ANTERIOR DO NUDIBRÂNQUIO
Através da relação endossimbiótica com os
protistas unicelulares formadores das zooxantelas, esta lesma-do-mar
desenvolveu a habilidade de suplementar a componente energética da sua dieta
com a captação de radiação solar que é transformada em açúcares e outros
compostos orgânicos pelos simbiontes formadores das zooxantelas. A origem
destas parece ser a ingestão de hidróides que contêm as zooxantelas simbióticas.
Após a ingestão, as zooxantelas são "cultivadas" em divertículos do
seu sistema digestivo. As zooxantelas convertem a energia da radiação solar em
açúcares, os quais são uados pelo nudibrânquio, que em troca fornece dióxido de
carbono e nutrientes.
7 – NUDIBRÂNQUIOS LESMAS DO MAR
Ceratosoma amoenum, conhecida pelo nome comum de nudibrânquio palhaço, é uma lesma do mar, uma
subordem de moluscos gastrópodes marinhos pertencente à ordem dos
opistobrânquios. Seguindo as regras de gênero do Código Internacional de
Nomenclatura Zoológica, a ortografia de Ceratosoma amoena foi transformada
em Ceratosoma amoenum.
Esta espécie de molusco sem concha possui
corpo de cor branca, com manchas laranjas e detalhes em rosa. Alimenta-se de
invertebrados bentônicos.
A Ceratosoma amoenum também mostra uma
variação de cor considerável através da sua gama. Na Austrália Ocidental, os
pontos de laranja são muito pequenos e numerosos e os pontos roxos avermelhados
formam uma banda submarginal ao redor da borda do manto. Movendo-se para o
leste, as manchas roxas avermelhadas se tornam mais numerosas e espalhadas pelo
manto e as manchas de laranja se tornam maiores. Na Nova Zelândia, as manchas
de laranja são muito grandes e as marcas roxas muitas vezes estão ausentes.
A maioria das espécies de Ceratosoma (que
significa corpo com espinho) são caracterizadas por um grande chifre dorsal
curvado, com exceção de duas espécies que ocorrem nas aguas temperadas do sul
da Australia: Ceratosoma amoenum e Ceratosoma brevcaudatum.
Este espécie, assim como todas as lesmas
marinhas, desloca-se graciosamente, rastejando no fundo marinho, em recifes de
corais, em rochas submersas.
Tem sido comumente localizada nas aguas
internareis temperadas do sul da Austrália e do norte da Nova Zelândia.
Os nudibrânquios constituem
uma de moluscos gastrópodes marinhos pertencente à ordem dos opistobrânquios,
na qual se encontram, por exemplo, as lesmas-do-mar.
Estes animais possuem as brânquias desprotegidas,
fato que legitima seu nome. Sua variedade é enorme e chega a atingir 3000
espécies diferentes. Uma característica destes animais é a riqueza da paleta de cores que cobre o seu corpo e que lhes permite uma camuflagem
eficaz nos recifes de coral que constituem o seu habitat.
Algumas espécies comem anêmonas e aproveitam os seus arpões urticantes integralmente
transferindo-os funcionais para o seu próprio corpo. O mais interessante é que
algumas espécies, por não conseguirem nadar com muita velocidade para fugir de
predadores, secretam ácido sulfúrico para se protegerem.
La ausencia de concha hace pensar que se
trata de organismos que están muy desprotegidos ante los depredadores, ya sean
otros invertebrados o peces, pero nada más lejos de la realidad, estos animales
han desarrollado diferentes mecanismos de defensa. Por ejemplo, segregan
sustancias tóxicas o de sabor desagradables o acumulan elementos urticantes con
los que disuaden a sus posibles agresores. Muchas especies tienen coloraciones
vistosas, es una manera de advertir a otros organismos de su peligrosidad.
Dentro del grupo de los opistobranquios hay
algunas especies que son herbívoras y otras carnívoras que sobretodo se alimentan
de cnidarios y esponjas.