Fernando Botero
Fernando Botero é um pintor e escultor.
Em 1948, ele começou seu trabalho como um
ilustrador. Mudou-se para Bogotá em 1951 e realizou sua primeira mostra
internacional no Leo Matiz Gal. Partindo para Madrid em 1952, estudou na
Academia de San Fernando. De 1953 a 1955, aprendeu a técnica de afrescos e
história da arte em Florença, que tem influenciado suas pinturas, desde então.De volta à Colômbia, expôs na Biblioteca Nacional, em Bogotá, e começou a
lecionar na Escola de Belas Artes da Universidade Nacional; naquele mesmo ano,
passou algum tempo no México, estudando os murais políticos de Rivera e Orozco,
cuja influência é evidente em sua perspectiva política.
A visita de Botero aos Estados Unidos em
fins da década de 1950 motivaria, dez anos mais tarde, sua volta a Nova Iorque
e o trabalho nesta cidade. Embora o expressionismo abstrato lhe interessasse,
buscou inspiração no renascentismo Italiano. Durante este período, começou a
experimentar a criação do volume em suas pinturas, expandindo as figuras e
comprimindo o espaço em torno delas, uma qualidade que continua explorando ao
pintar retratos de grupos imaginários ou paródias sobre o trabalho de mestres
famosos.
Com um grande número de exposições na
Europa e nas Américas do Norte e do Sul, Botero recebeu inúmeros prêmios,
inclusive o Primeiro Intercol, no Museu de Arte Moderna de Bogotá, e figura no
acervo dos principais museus em todo o mundo. Desde o início da década de 1970,
Botero divide seu tempo entre Paris, Madrid e Medellin.
Nas obras satíricas de Fernando Botero,
políticos, militares e religiosos, músicos e a realeza, são retratados com
figuras rotundas e sem movimento, assumindo a característica de vida humana
estática. De natureza humorística à primeira vista, as pinturas de Botero são
geralmente um comentário social com toques políticos.
O artista Fernando Botero é um dos
observadores mais agudos da conjuntura colombiana e é interessante notar os
dois traços mais salientes de quase toda a sua obra: suas figuras são gordas e
têm a boca fechada. Parecem pessoas bem enredadas em sistemas de clientelismo,
no qual recebem comida em troca de seu silêncio.
Para este artista a cor é fundamental nos
seus quadros porque ilumina a pintura. Nos seus quadros somente existe a forma
e a cor interior também procura sempre uma certa monumentalidade.
Há quem não goste de suas pinturas e
esculturas, outros tantos que vejam em sua obra uma apologia à obesidade. Mas a
obra de Botero é uma releitura instigante dos ideais de beleza do Renascimento.
Suas obras destacam-se sobretudo por
figuras rotundas, o que pode sugerir a estaticidade da humanidade. Percebe-se a
sua escultura como uma crítica social, especialmente no que diz respeito à
ganância do ser humano.
Especialista, também, em paródias dos
grandes mestres da pintura, como Dürer, Bonnard, Velázquez e David. Fez a
releitura da famosa obra de Jan van Eyck, O
Casal Arnolfini, em seu quadro dominavam as formas gordas, assim como fez
com a famosa Mona
Lisa de Leonardo da Vinci. Suas obras são bem humoradas,
transmitindo leveza e suavidade.
A época mais difícil de sua vida, a partir
de 1960, foi exatamente onde produziu trabalhos magníficos. Nesse período morou
em Nova Iorque, para dar prosseguimento à sua carreira. As críticas foram
arrasadoras, porém, nesse ponto foi onde encontrou seu estilo inconfundível,
com suas esculturas volumosas. Suas criaturas e objetos eram, desde a época,
arredondados e sempre gorduchos. Sua marca.
Para Botero o mais
importante não era a pintura, mas o estilo. À cerca de suas figuras gordas,
perguntaram ao artista se elas tinha almas leves... ao que respondeu: 'Elas
nunca quiseram ter almas'.
'A deformação sem
um adjetivo superior seria uma caricatura, ou mesmo uma monstruosidade, afirma
Botero. Não pinta pessoas gordas, as pessoas gordas refletem apenas uma
preocupação estética e possui uma função estilística, finaliza'.
Para dar forma às suas esculturas obesas,
Botero escolheu as fundições de Pietrasanta em 1980, cidade de 25 mil
habitantes que atrai muitos artistas por ser um centro internacional de
trabalho em mármore e bronze.
O artista doou 23 esculturas à cidade de
Medellín, sua terra natal. Elas estão expostas em praça pública, que foi
renomeada com o nome do artista. É um dos pontos turísticos mais procurados na
cidade colombiana.
Em suas obras, as mais recentes, o artista
retrata a violência e a tortura dos soldados americanos com os iraquianos.
Vê-se em toda sua obra que Botero revela situações dramáticas, mas que prima
por manter um grande interesse na estética.
Com várias exposições na Europa e nas
Américas do Norte e do Sul, Fernando Botero foi premiado com o Primeiro
Intercol, em Bogotá. Seus trabalhos estão presentes nos principais museus do
mundo.
Conclusão: Fernando Botero é um grande
artista figurativista colombiano, que em todas as suas obras usa formas arredondadas.
Percebe-se a sua escultura como uma crítica social.
Algumas de suas obras são: El desfile,
madre e hijo, viva la muerte, el cazador, el masacre, una madre, etc.
FIN