Sexta-feira, 27 de junho de 2008
Acrobacia aérea
A
acrobacia aérea é, sem dúvidas, um dos mais belos esportes radicais, tanto pela
sua plasticidade quanto pela dificuldade. Até porque são poucos os que conseguem
pilotar um avião com tanta perícia e habilidade.
O
esporte sempre atrai multidões para as suas apresentações. Misturando a técnica
com a audácia e a arte com a adrenalina, a acrobacia aérea conquista qualquer
um a primeira vista.
A
prática surgiu após o término da 1ª Guerra Mundial, quando os pilotos mais
habilidosos começaram a realizar manobras com as aeronaves que se encontravam
sem função.
Hoje
em dia os aviões são projetados especialmente para o esporte, e as competições
acontecem em todos os cantos do mundo.
Segundo
o piloto e membro da Associação Brasileira de Acrobacia Aérea (ACRO), Augusto
Pagliacci, o Brasil é uma das potências do esporte. "Atualmente somos a 6ª
maior potência da Acrobacia Aérea no mundo, tanto em número de pilotos quanto de
aviões", diz Pagliacci.
Historia da
acrobacia aérea
O
marco inicial da acrobacia aérea foi o término da Primeira Guerra Mundial. Com
o final dos combates, sobraram muitos aviões, que não tinham mais utilidade.
Alguns pilotos começaram então a realizar acrobacias com os aviões, que, como
não eram construídos com essa finalidade, sempre ofereceram grande risco aos
pilotos. A técnica aprendida durante os combates, fez com que eles adquirissem
grande habilidade.
Hoje,
o risco é menor, já que as aeronaves são projetadas com um maior nível de
conhecimento e seguindo uma série de normas que dão maior segurança ao piloto
de acrobacia aérea.
No
Brasil, as primeiras referências de acrobacia aérea são de 1922, quando os
irmãos italianos Robba, iniciaram as instruções acrobáticas na primeira escola
de aviação do Campo de Marte em São Paulo, com uma aeronave Bleriot.
Logo
depois dos irmãos Robba, surgiram grandes nomes que se tornaram verdadeiros
mitos, entre eles os Comandantes Camargo e Pedroso, que, segundo os mais
antigos, disputavam a mais bela passagem por debaixo do Viaduto do Chá, no
centro de São Paulo.
Um
nome que também marcou a acrobacia aérea brasileira foi Alberto Berteli, que
começou formando acrobatas na década de 40 no Aeroclube de São Paulo e nunca
mais parou. Berteli foi o responsável pelo surgimento da acrobacia esportiva na
década de 70, através de seus alunos e seguidores.
A
Associação Brasileira de Acrobacia Aérea (ACRO) começou a surgir com a criação
do Departamento de Acrobacia Aérea do Aeroclube de São Paulo, que estabeleceu a
idéia de se organizar a acrobacia no país. Com a ACRO, também veio o 1º
Campeonato Paulista de Acrobacia Aérea, que foi realizado em Itu, em 1983. A
ACRO só foi criada oficialmente em 1988, na sede do Departamento de Aviação
Civil (DAC), no Rio de Janeiro.
Asa delta
O vôo
livre vem colorindo os céus do Brasil há quase 30 anos. Do primeiro vôo no Alto
do Corcovado, até hoje, muito se passou. O esporte cresceu, ganhou notoriedade
e popularidade.
A
arte de domar os ventos proporciona a quem pratica uma sensação única de
liberdade. Quem nunca quis poder voar como os pássaros? Pois é, quem faz asa
delta sabe muito bem como é isso.
Desde
a mitologia com Édipo, a humanidade tentou buscar essa conquista. Agora que
conseguimos, por que você vai ficar de fora?
A
segurança do esporte é uma das principais características que mais chamam a
atenção e é a mola propulsora do desenvolvimento.
Equipamentos
do asa delta
O
equipamento básico da asa delta consiste em algumas partes fundamentais que não
devem pesar mais que 15 kg. São elas: asa delta, cinto de vôo, pára-quedas de
emergência, capacete e 2 mosquetões.
O preço do equipamento é
alto para os padrões brasileiros. Existem equipamentos já usados, mas nem
sempre é a melhor saída. Se você tiver condições o ideal mesmo é investir e um
bom equipamento.
Pára-quedas de emergência
na asa delta
Historia da asa delta
A
história da Asa Delta não é tão antiga quanto o desejo do homem de conquistar o
céu. Desde a mitologia de Édipo, esse desejo persegue o homem e foram
realizadas muitas tentativas com o objetivo de voar.
Mas
foi depois da II Guerra Mundial que a asa delta, de fato, surgiu. Um
pesquisador chamado Francis Rogallo foi o primeiro a registrar a patente das
asas flexíveis, em 1951. Essa descoberta foi fundamental para o surgimento do
esporte. Na mesma época a NASA utilizou a invenção de Rogallo para auxiliar na
aterrissagem de foguetes.
O
primeiro desenho de uma asa delta como conhecemos atualmente foi realizado por
Al Hartig em 1966. A história no Brasil começou quando um piloto francês fez um
vôo do alto do Corcovado no Rio de Janeiro em 1974.
O
primeiro piloto brasileiro a voar foi Luiz Cláudio, que entrou por acaso na
história. Algumas pessoas buscando um morro ideal para iniciar as aulas,
encontraram Luiz, que tinha um terreno de acordo com as necessidades para o
curso.
Seu
primeiro vôo foi realizado no dia 7 de setembro de 1974 no topo da Pedra da
Agulhinha, em São Conrado. Em 1975, o número de pilotos já era mais de uma
dezena e resolveram, então, realizar o 1º Campeonato Brasileiro de Vôo Livre.
No
final de 1975, foi fundada então a Associação Brasileira de Vôo Livre (ABVL)
com o objetivo de controlar o acesso à rampa de vôo livre em São Conrado, que
acabou sendo definitivamente cedida aos pilotos e utilizada até hoje.
Atualmente
a asa delta evoluiu bastante e os equipamentos do passado, deram lugar a asas
mais modernas, projetadas por engenheiros aeronáuticos. Alguns modelos chegam à
custar mais de 10.000 dólares.
Balonismo
Ficar
mais próximo do céu. É essa a sensação que o balonismo proporciona aos
praticantes do esporte. A eterna vontade do homem de conquistar o céu ganhou
força e hoje em dia é uma realidade.
Toda
a evolução das técnicas de vôo fez com que a utilização do balão ficasse segura
e, quem quer se aventurar tem toda a certeza de que vai apenas curtir o passeio,
sem nenhum risco.
O
verdadeiro nascimento do balonismo aconteceu quando dois irmãos franceses,
Etiene e Joseph Montgofier, em 1783, realizaram o primeiro teste com um balão.
O teste foi um sucesso e a partir daí novos vôos foram programados.
Atualmente
existem campeonatos de balonismo por todo o mundo. No Brasil, em 1987 foi
fundada a Associação Brasileira de Balonismo (ABB), entidade máxima do esporte
no Brasil.
O
campeão brasileiro de balonismo, Rubens Kalousdian, acredita que qualquer um
pode praticar. "Apesar do custo ser relativamente alto, as equipes se
juntam e dividem os custos. Dessa maneira todos conseguem participar e estamos
tendo um crescimento no número de equipes".
equipamentos do balonismo
O
balão é dividido em algumas partes independentes, cada uma com uma função
diferente. Vamos a elas:
Envelope: o
Envelope é com certeza a parte do balão que mais chama a atenção, pelo seu
tamanho. É também quem dá a forma ao equipamento. Geralmente feitos de nylon,
são preparados para agüentar um calor de até 400ºC e realizar vôos de até 700
horas.
Maçarico: O
maçarico é como se fosse o motor do balão. É ele quem transforma o gás em chama
e faz com que o envelope mantenha-se cheio. É a partir do maçarico que o balão
é controlado.
Cilindro: O
cilindro guarda o gás utilizado para a combustão. Funciona como o tanque do
automóvel. A quantidade de gás varia de acordo com o tamanho do balão e com o
tempo de vôo.
Cesto: Conhecido
também como gôndola é utilizado para o transporte dos passageiros. É feito de
um material leve e resistente, já que muito peso pode atrapalhar.
Combustível: o
combustível utilizado pelos balões é o propano, um gás derivado do petróleo
usado pela indústria.
Ventoinha: é
utilizada para encher o balão com ar frio.
HistÓria
do balonismo
O
balonismo existe há cerca de 2 mil anos. A primeira demonstração foi feita pelo
brasileiro Padre Bartholomeu de Gusmão que em 1709, com 23 anos, demonstrou ao
Rei João V de Portugal um balão que subiu cerca de 4 metros, mas se incendiou.
O
verdadeiro nascimento das atividades aéreas foi com o vôo do balão dos irmãos
franceses, Joseph e Etienne Montgolfier, que chegou a atingir cerca de 2.000m
de altura.
Alguns
brasileiros se sobressaíram no desenvolvimento do balonismo, como Júlio César
Ribeiro de Souza em 1881, com o "Victória", Augusto Severo de
Albuquerque Maranhão, em 1893 com o "Bartholomeu de Gusmão" e,
finalmente, Alberto Santos Dumont, com sua série de dirigíveis.
No
começo, os balões prestavam bons serviços à espionagem nas guerras. Napoleão
Bonaparte usava-os para observar as movimentações na retaguarda do inimigo e
estudar o terreno da batalha. Chegou a criar o primeiro Corpo Militar de
Balões. Durante a Guerra Civil Americana, ambos os lados utilizaram balões
ancorados, como postos de observação. Também, na Guerra do Paraguai, o Brasil
aproveitou os balões para observação militar.
Os
balões foram também o berço de outras atividades: o fotógrafo Félix Nadar, em
1858, tirou a primeira fotografia aérea da cidade de Paris, onde tudo havia
começado. O primeiro campeonato de balonismo ocorreu em 1963 e o primeiro
campeonato mundial em 1973. A partir daí, o crescimento do balonismo foi
grande.
O
Brasil, que foi pioneiro com Bartholomeu de Gusmão, teve seu renascimento com
Victorio Truffi, que construiu um balão e voou em Araraquara, São Paulo, em
1970. Este foi o primeiro vôo da América do Sul de um balão de ar quente
moderno.
O
Primeiro Encontro Brasileiro de Balonismo aconteceu em 1986, em Casa Branca,
São Paulo. Com ele, iniciou a organização da atividade no país, que levou à criação
da Associação Brasileira de Balonismo, no mesmo ano.
Parapente
O
parapente é um esporte que mistura toda a adrenalina com a tranqüilidade, em
uma sintonia perfeita. É uma modalidade na qual o piloto e o parapente entram
em total sintonia com a natureza.
A
principal recomendação do paragliding é respeitar todas as normas de segurança.
Dessa maneira você poderá desfilar pelos ares sem a menor preocupação.
A
história do esporte está diretamente relacionada com a conquista do espaço. É
que os primeiros modelos de parapente foram confeccionados especialmente para
as espaçonaves norte-americanas.
Hoje
o esporte é praticado por mais de 100 mil pessoas em todo o mundo. O Brasil
ocupa atualmente a 7ª colocação do ranking.
Equipamentos do parapentes
O
equipamento de parapente apresenta algumas características diferentes dos
outros esportes, sendo basicamente composto de quatro itens: o velame, o
selete, o pára-quedas de emergência e o capacete. O velame constitui a maior
parte do equipamento e, é dividido em três partes: a vela, a linha e os
tirantes.
A
vela é feita de um tipo de nylon especial e funciona como uma asa. Uma de suas
características principais é a resistência e a deformação, ou seja, o tecido
muda de forma, alterando as características originais do parapente.
O
Selete funciona como um casulo e é onde o atleta fica durante o vôo. É
importante que seja ajustada a cada piloto, pois seu conforto depende disso.
Para
casos de emergência utiliza-se um para-quedas. Ele está acoplado o Selete e só
é utilizado caso aconteça algo de muito grave.
História do
parapente
A
história do parapente começou nas pesquisas para retorno de cápsulas espaciais
à Terra. O pára-quedista norte-americano e engenheiro em aerodinâmica, David
Barish, dedicou-se à criação de um novo pára-quedas especialmente destinado ao
projeto Apolo, da NASA.
David
produzia alguns protótipos, até que, em 1965, ele construiu uma espécie de
pára-quedas. Para realizar alguns ajustes, o americano decolou do monte Hunter,
nos Estados Unidos. Logo após esse vôo, David colocou o nome de slope soaring
na nova atividade. O equipamento possuía uma forma diferente dos parapentes
atuais.
PIONEIRO PARACHUTS |
DAVID BARISH |
O
tecido inferior cobria um terço da corda e ele composto inicialmente de três e,
logo em seguida, de cinco grandes gomos. Em 1973, David escreveu o primeiro
manual de paragliding, que já mostrava o esporte como uma variante do vôo
livre. O manual depois viria a ser considerado como guia para o parapente
atual.
pára-quedismo
Voar, voar e voar. Esse é o resumo do pára-quedismo, um esporte que possibilita ao homem sentir toda a liberdade de voar. Até o momento de abrir o pára-quedas, é uma queda livre sem nada para atrapalhar, literalmente como o vôo dos pássaros.
A adrenalina de ficar solto no ar nasceu praticamente junta com os primeiros balões. É que o primeiro homem a saltar de pára-quedas foi o balonista francês Andre-Jacques Garverin, em 1798.
A
sensação de voar logo fez com que as técnicas e equipamentos se desenvolvessem,
o que facilitou, em muito, o seu crescimento. Hoje a grande divulgação e a
segurança são as principais características do pára-quedismo.
Segundo
o instrutor Osmar da Silva, quem procura o pára-quedismo está decidido. "É
difícil encontrarmos pessoas que desistem na hora. Geralmente quem vem procurar
uma escola especializada já está com a idéia amadurecida, até porque não é uma
decisão nada fácil".
Equipamentos de pára-quedismo
O
principal equipamento é mesmo o pára-quedas. Parece óbvio falar, mas você
depende dele. O principal cuidado que deve ser tomado é com a dobragem. Caso
você não se sinta seguro para realizar, existem profissionais especializados. O
cuidado com a manutenção e conservação do pára-quedas também deve ser grande.
Em caso de problema com o pára-quedas principal, o uso obrigatório do pára-quedas de segurança evita qualquer tipo de acidente. O capacete, os óculos e o macacão são também equipamentos fundamentais.
Historia
do pára-quedismo
A
história do pára-quedismo está diretamente ligada à da conquista dos céus. É
que o primeiro homem a saltar de um pára-quedas foi o balonista francês
Andre-Jacques Garverin. O francês e sua esposa foram os primeiros a saltar no
ano de 1798.
Depois
de muitos saltos, a maioria com condições precárias, as forças armadas passaram
a utilizar a técnica para invadir os territórios inimigos. O desenvolvimento
dos pára-quedas tornou possível uma maior segurança e por volta da década de 50
o pára-quedismo começou a ser visto como uma forma de esporte.
A dirigibilidade e a
praticidade do equipamento foi conseguida através da evolução dos materiais
utilizados. Hoje em dia o praticante tem todo o controle sobre a direção que
quer seguir. Então quem quer começar no esporte não tem desculpa.